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A agência de inteligência americana, a CIA, pagou mulás e criou líderes religiosos islâmicos falsos para pregar uma mensagem moderada e combater o sentimento antiamericano no Oriente Médio após os ataques de 11 de setembro de 2001. A informação está em um novo livro, The CIA at War (A CIA em Guerra), de Ronald Kessler, um repórter investigativo e autor de vários livros sobre a CIA e o FBI.
A publicação também detalha as atividades de espionagem no Iraque antes da invasão ao país, em março. Para escrever o livro, Kessler entrevistou o diretor da CIA, George Tenet, e outras autoridades da agência, que forneceu a maioria das fotos usadas na edição.
– No islamismo, como em muitas outras religiões, qualquer um pode se autodenominar um líder religioso. Então, além de pagar a mulás, a CIA criou mulás falsos, recrutou agentes que se proclamaram clérigos e assumiram uma posição moderada – afirmou o autor na obra.
Uma fonte da CIA confirmou que a agência estaria assumindo estações de rádio e apoiando clérigos. Kessler disse que a agência também pagou mulás para decretar fatwas, ou leis religiosas, exortando os iraquianos a não resistir às forças norte-americanas. Ele não especificou em que países isso ocorreu. A CIA também teria utilizado uma técnica de comunicação secreta muito antiga, pela qual agentes iraquianos escreviam sobre cartas inofensivas para tias ou mães com um segundo papel tratado quimicamente. Uma mensagem escondida apareceria quando colocada sob uma luz especial, de acordo com o livro.
As informações são da agência Reuters.
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