| 30/07/2003 13h30min
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, admitiu, na primeira entrevista coletiva após a guerra do Iraque, responsabilidade total pelas informações falsas passadas aos norte-americanos sobre o país do ex-ditador Saddam Hussein em seu discurso sobre o Estado da União, de janeiro passado. A Casa Branca enfrentou uma breve crise devido à revelação de que eram falsas as denúncias sobre uma tentativa de compra pelo Iraque de urânio na África, incluída no discurso de Bush.
– Assumo a responsabilidade por tudo o que digo – disse.
Bush havia sido criticado por não ter admitido sua responsabilidade sobre a acusação falsa.
O chefe de Estado dos EUA afirmou conhecer a frustração que está crescendo na mídia pela falta de provas dos programas de armas de destruição em massa do Iraque e supostos vínculos com a Al-Qaeda que foram apresentados como justificativas para a guerra. Bush disse estar certo de que a decisão de deflagrar o conflito foi tomada com base em dados de inteligência sólidos e reconheceu que falta agora apresentar provas.
– É sempre melhor apresentar resultados. Eu entendo isso – declarou, justificando a demora com a necessidade de avaliar "quilômetros de documentos" do antigo regime de Saddam Hussein.
Apesar de voltar relacionar as mortes de Uday e Qusay Hussein ao fim do regime ditador no Iraque, o norte-americano admitiu não saber o quanto as forças dos EUA estão próximas de capturar Saddam:
– Não sei o quanto estamos perto. Estamos na caçada. Estamos mais perto do que ontem.
Voltando-se à população norte-americana, Bush alertou sobre a "real" possibilidade de novos ataques terroristas serem realizados até o fim do verão naquele país (fim de setembro) pela Al-Qaeda.
As informações são da agência Reuters.
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