| 01/05/2009 15h41min
A FIA divulgou nesta sexta os motivos que aliviaram a McLaren de ser suspensa por três provas na atual temporada da Fórmula-1, sendo o principal a promessa de uma mudança de filosofia. Apesar de considerar a equipe britânica culpada, o Conselho Mundial levou em conta os muitos pedidos de desculpas e o desejo de cooperação. O veredicto completo da FIA destaca que Martin Whitmarsh, chefe da equipe, assegurou que houve uma mudança na filosofia dentro da McLaren, e que um comportamento igual não se repetirá.
O conselho também levou em conta a entrevista coletiva do piloto inglês Lewis Hamilton antes do GP da Malásia, em que o atual campeão do mundo se mostrou arrependido, assim como a demissão de Dave Ryan do cargo de diretor esportivo.
Na última quarta, a equipe pegou três corridas de suspensão por ter mentido aos comissários do órgão durante o GP da Austrália, mas a pena não será aplicada de imediato. Segundo a FIA, a punição entrará em vigor caso apareçam novos elementos relacionados ao caso ou se a McLaren voltar a violar as regras da F-1 nos próximos 12 meses.
O Conselho Mundial levou em conta a atitude aberta e honesta do chefe de equipe da McLaren, Martin Whitmarsh, que expressou à FIA a mudança de cultura ocorrida na organização da escuderia. Único representante da McLaren a ter comparecido perante o Conselho Mundial, Whitmarsh reconheceu ter cometido erros e apresentou suas desculpas à organização. Diante disso, o Conselho considera que suspender a aplicação da pena é o apropriado.
A McLaren respondeu a cinco acusações de violação do regulamento da FIA por ter mentido aos comissários de corrida durante o GP da Austrália, em 29 de março. Nesta corrida, a escuderia disse que um de seus pilotos, o inglês Lewis Hamilton, não tinha recebido ordens da equipe para ser ultrapassado pelo italiano Jarno Trulli, da Toyota, durante a bandeira amarela.
No fim da prova, Trulli foi punido pela ultrapassagem e perdeu o terceiro lugar na corrida para Hamilton. Entretanto, as gravações das ordens da McLaren comprovaram que o piloto inglês tinha recebido ordens para deixar Trulli passar, algo que a McLaren negava. Os comissários devolveram ao italiano o lugar no pódio e puniram Hamilton.
Finalmente, a escuderia inglesa admitiu a mentira e colocou toda a responsabilidade em seu diretor esportivo, Dave Ryan, que foi demitido do cargo. Desde então, a McLaren mostrou uma atitude conciliadora e obrigou Hamilton a realizar uma entrevista coletiva para pedir perdão e anunciar que acataria qualquer punição que lhe fosse imposta.
Esta não é a primeira vez que a escuderia passa diante dos juízes da FIA. Há dois anos, a McLaren, ainda dirigida por Ron Denis, recebeu multa de 100 milhões de euros e perdeu todos os pontos do Mundial de Construtores por um caso de espionagem contra a Ferrari.
AGÊNCIA EFE
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