| 12/12/2008 15h26min
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou nesta sexta-feira, após reunião em Mônaco, uma série de medidas para reduzir os custos na Fórmula-1. O pacote, aprovado pelas equipes na quarta, inclui alterações no regulamento da categoria para os próximos dois anos, e deve mudar a cara — e as finanças — do Mundial.
Para 2009, as mudanças têm caráter predominantemente restritivo, com a intenção imediata de diminuir os gastos das equipes. De acordo com a entidade, o orçamento das escuderias deve diminuir cerca de 30% em 2009, no caso das montadoras. Para as independentes, a redução deve ser ainda maior.
A principal alteração foi na regra dos motores. Segundo a FIA, a vida útil será duplicada, e os giros serão limitados a 18.000 rpm. O fornecimento às independentes também sofreu mudanças, com redução de 50% do preço. Os testes e pesquisas aerodinâmicas foram outros pontos que sofreram restrições. Durante a temporada, não haverá mais treinamentos que não sejam
os programados para os
finais de semana de GPs.
O desenvolvimento dos carros em túnel de vento também foi regulamentado, e nos próximos meses deve ser padronizado. Outra medida aprovada pelas equipes foi um enxugamento no quadro de funcionários, por meio de um acordo de compartilhamento de informações sobre pneus e combustível. Assim, não haverá a necessidade de as escuderias manterem "espiões".
Idéias polêmicas, como a troca do sistema de pontuação pelo de medalhas e novas mudanças no treinos, serão alvo de uma pesquisa de mercado. Elas serão analisadas pela FIA de acordo com os resultados obtidos em consultas ao público.
Para 2010, as mudanças serão ainda mais profundas. Além de motores mais baratos para as equipes independentes, a FIA instituiu sistemas de transmissão, telemetria e rádio padronizados. De acordo com o comunicado emitido nesta sexta, os aquecedores de pneus serão banidos, e o reabastecimento deixará a categoria novamente.
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