| 26/11/2008 10h33min
O sistema de medalhas de ouro aos vencedores de cada corrida no Mundial de Fórmula-1 — proposto pelo "chefão" da categoria, Bernie Ecclestone, para a próxima temporada — teria dado o título de campeão de 2008 ao brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, e não ao inglês Lewis Hamilton, da McLaren.
Hamilton ficou com o título do Mundial de Fórmula-1 ao ultrapassar Timo Glock na última curva de Interlagos. Entenda como foi a manobra e assista a ultrapassagem:
Segundo o sistema, que faz com que o número de vitórias decida o campeonato, Massa seria campeão por ter seis medalhas de ouro, contra cinco de Hamilton. Diante disto,
Ecclestone afirma que sua proposta possa entrar em vigor já no campeonato de
2009.
O dirigente disse hoje que decidiu propor o sistema após assistir ao desfecho do Grande Prêmio do Brasil, no qual Hamilton conquistou o título com um quinto lugar, mesmo com a vitória de Massa, resultado insuficiente para dar o título ao brasileiro. A iniciativa regulamentar poderá ser aprovada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) no próximo mês.
— O sistema será implantado porque todas as equipes estão de acordo, segundo as opiniões que ouvi nas escuderias. Servirá para evitar que alguém possa conquistar o Mundial sem tentar vencer a corrida — declarou.
O sistema de pontuação atual, que concede 10 pontos ao vencedor da prova, oito ao segundo, seis ao terceiro e assim sucessivamente até o oitavo, que recebe um ponto, permitiu a Hamilton administrar sua vantagem no GP do Brasil, sabendo que um quinto lugar bastava para ser campeão mesmo se Massa vencesse a corrida.
Hamilton só garantiu o título na última
curva da volta decisiva graças a uma ultrapassagem
sobre Timo Glock, que não tinha pneus de chuva. O britânico se tornou o campeão mais jovem da história pela diferença de apenas um ponto.
— No próximo ano será necessário arriscar mais — disse Ecclestone, que se mostrou confiante em que a Fórmula-1 poderá suportar a crise financeira mundial, apesar de também ser atingida.
— O automobilismo mundial está sendo e será atingido, com certeza. É óbvio que talvez os promotores sejam prejudicados pela redução do público, mas é preciso esperar. Não sabemos o que pode acontecer em seis meses — afirmou.
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