| 06/09/2008 12h22min
Nada de simplicidade. Mantendo a tradição de fazer eventos suntuosos, a China deu início neste sábado à cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos 2008. Reunindo atletas com diversos tipos de deficiências, a competição foi criada em 1960 e, desde 1988, é realizada alguns após e na mesma cidade dos Jogos Olímpicos.
Assim como na abertura das Olimpíadas, o Ninho do Pássaro estava lotado para acompanhar sua segunda cerimônia de abertura em menos de um mês. Mais uma vez, fogos de artifício iniciaram a festa e o hino chinês foi executado nos primeiros minutos de apresentação. Uma contagem regressiva também foi feita através de cinco crianças chinesas e estrangeiras.
Iniciou-se uma apresentação com artistas vestidos com coloridas roupas de plástico, como se fossem bonecos sorridentes – no final, eles formaram uma espécie de arco-íris, para delírio do público. Os atletas então andentraram o estádio, sob intensos aplausos, obdecendo o alfabeto
chinês.
Estima-se em cerca de 4200 os
competidores na competição, oriundos de 147 países, sendo 188 brasileiros – o judoca Antônio Tenório foi o porta-bandeira. Vários chefes de Estado estavam presentes no estádio, incluindo a presidente da Alemanha Horst Koehler e o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que não esteve na abertura dos Jogos Olímpicos.
Aliás, a maior parte das apresentações artísticas foi realizada por artistas também portadores de deficiência. Primeiro, o cantor cego Cai Yuzhu foi "acordado" por um "pássaro" oriundo do céu. Cantando, ele precedeu uma apresentação de dança feita por crianças surdas.
Uma bailarina cadeirante, que perdeu a perna esquerda no terremoto na região chinesa de Sichuan em maio, também se apresentou, ao mesmo tempo em que era rodeada por outra bailarinas deficientes que dançavam sentadas, mas em perfeita sincronia.
Mascote da competição, a vaquinha Fu Niu Lele entrou no estádio junto com flores e outros animais. Pássaros precederam o início dos
discursos até que a tocha foi acesa
por Hou Bin, chinês três vezes campeão do salto em altura na história das Olimpíadas.
Cadeirante, ele, auxiado por uma roldana, subiu por um cabo até o alto do estádio, onde colocou fogo na tocha. O momento conseguiu expressar bem a intenção de delicadeza e superação prometida pelo diretor Zhang Jigang.
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