| 25/04/2008 13h31min
As manifestações durante o revezamento da tocha olímpica ao redor do mundo parecem ter surtido algum efeito prático. Nesta sexta-feira, o governo da China cedeu às pressões e declarou que vai reabrir as negociações com o líder espiritual do Tibete.
– Tendo em vista os pedidos de diálogo feitos repetidamente pelo Dalai Lama, o departamento do governo central entrará em contato e consultará o representante pessoal do lado de Dalai nos próximos dias – afirmou uma autoridade à agência oficial chinesa Xinhua.
O governo chinês, no entanto, estabeleceu uma condição para que o encontro ocorra: que os ativistas pró-Tibete suspendam as manifestações registradas em várias cidades do mundo durante o revezamento da tocha para os Jogos Olímpicos de Pequim.
– A política do governo central sobre Dalai é consistente e a porta de diálogo está sempre aberta. Esperamos que a parte do Dalai possa tomar ações acreditáveis, suspendendo as atividades que pretendem separar a China e as sabotagens contra os Jogos Olímpicos, a fim de criar condições para conversações – declarou a mesma fonte.
A decisão assinala uma mudança de postura do governo da China. Desde março, quando uma onda de protestos eclodiu no Tibete, governantes chineses aumentaram o tom das criticas contra o líder tibetano, acusado de incitar o tumulto e provocar violência.
Segundo a China, cerca de 20 civis foram mortos durante os protestos do dia 14 de março em Lhasa, capital do Tibete, todos pelas mãos de tibetanos violentos. A versão dos tibetanos exilados é de que pelo menos 100 pessoas foram mortas pelo exército chinês.
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