| 21/03/2008 11h23min
O governo chinês enviou tropas do exército para a região do Tibete na tentativa de controlar os protestos que se multiplicam na área. Desde a sexta-feira da semana passada, grupos de manifestantes têm se rebelado contra a ocupação chinesa que já dura 57 anos. Turistas e jornalistas localizados em regiões próximas foram orientados para não se aproximarem de Lhasa, centro do tumulto. Os homens do exército seguiram, nesta sexta-feira, a pé, em caminhões ou de helicóptero.
Irritados com a situação, autoridades da China têm responsabilizado o Dalai Lama, líder espiritual do Tibete e que vive há anos exilado na Índia, por incitar a onda de violência. Para os chineses, o objetivo dele é sabotar a realização dos Jogos Olímpicos de Pequim, em agosto.
Os protestos começaram de forma pacífica liderada por monges budistas, mas acabaram culminando em atos violentos. Há dois dias, o Dalai conclamou seus seguidores a manterem a postura pacífica e afirmou que os atos de violência poderiam estar sendo orquestrados por homens ligados ao governo para desacreditar a causa tibetana.
Os números de mortos e feridos nos protestos permanecem uma dúvida. Dependendo do lado que os informa, têm variado constantemente. O governo chinês afirma que 16 pessoas morreram e cerca de 300 estão feridas. Mas grupos tibetanos exilados em outros países dizem que 99 pessoas já foram mortas, 80 em Lhasa e outras 19 em Gansu.
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