| 10/04/2008 19h34min
Em conversa com o jornalista da Rádio Gaúcha Nando Gross, Paulo Pelaipe revelou na tarde desta quinta-feira que enviará ao presidente do clube uma carta com o pedido de demissão do cargo de diretor de futebol. A saída do dirigente, se confirmada oficialmente, deixará o técnico Celso Roth ainda mais perto de perder o emprego.
Pelaipe era uma voz de defesa do atual treinador. E, ao mesmo tempo, fazia oposição pública à possível contratação de Tite, que agora cresce na parada e entra de vez como favorito para comandar o Grêmio no Brasileirão.
– Eu tenho algumas divergências com o Tite e comigo ele dificilmente trabalharia. Até pelo o que ele fez para o Grêmio, botando o clube na justiça. O Tite pediu demissão, acertou tudo com o Verardi e depois entrou na Justiça cobrando o Grêmio por ter demitido ele. Isto eu não aceito – afirmou Paulo Pelaipe.
Depois da desclassificação na Copa do Brasil, Pelaipe disse que seria uma injustiça a demissão de Roth. Odone foi menos enfático e pediu 48 horas para decidir o futuro do futebol tricolor – tanto treinador quanto diretor.
Com as declarações de Pelaipe ao longo do dia, ficou evidente que a definição do técnico passava por sua permanência no clube. Com ele, Roth ganhava força e Tite tornava-se inviável.
No ano passado, quando Mano Menezes anunciou que deixaria o Grêmio, o primeiro nome projetado por Odone foi Tite. A oposição interna, especialmente de Pelaipe, fez o presidente mudar de idéia. E o escolhido foi Vágner Mancini, que depois daria lugar a Roth.
Pessoas influentes no Tricolor vêem Tite com maus olhos porque ele exige, na Justiça, o pagamento de cifras referentes a sua primeira passagem pelo clube, em 2001. Segundo Pelaipe, o valor era de R$ 600 mil, mas Tite exigiu que subisse para R$ 1 milhão como condição para parcelar a quantia.
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