| 27/12/2007 15h15min
“Agora a corte está completa: o rei, o príncipe e o bobo”. A histórica frase proferida pelo atacante Romário em 2000 após briga com o desafeto Edmundo parece não ter sido superada. Na noite desta quarta, durante uma pelada de final do ano realizada na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro, os dois jogadores se reencontraram e sequer se cumprimentaram.
A dúvida que pairava no ar era uma só: como Edmundo, na eminência de um acerto com o Vasco, se portará tendo justamente o Baixinho como companheiro e, ainda por cima, treinador. Os primeiros sinais de que a intriga não está resolvida vieram logo na chegada de Romário. O camisa 11 apareceu no local alguns minutos antes do apito inicial, passou pelo lugar onde o Animal estava sentado e sequer olhou para o rival.
A idéia dos organizadores era ter a dupla atuando de lado opostos, o que quase se tornou realidade. Romário vestiu a camisa do time Caça & Pesca e foi a campo. Edmundo, escalado anteriormente pelo Panela, alegou dores no tornozelo e desfalcou o time, mas se manteve na arquibancada destinada aos torcedores de seu time.
Dentro de campo, Romário marcou um de pênalti, mas não evitou a derrota de seu time por goleada de 7 a 2. Visivelmente irritado pela derrota, o camisa 11 tentou escapar dos repórteres que estavam presentes, alegando cansaço pela viagem de volta do Nordeste, onde passava férias com a família. Com a insistência, foi direto sobre o assunto a que interessava a todos.
– Não tenho o que falar. Falar o que? – disse, referindo-se, claro, a Edmundo. – Por que você não vai lá e pergunta para ele. Soube que ele está aí né? – perguntou Romário ao repórter.
Edmundo, por sua vez, também não estava de bom humor. Para piorar, reagiu com ironia quando questionado sobre o relacionamento com o desafeto e se uma vitória sobre ele dentro de campo tinha um gosto especial.
– Isso é pergunta que se faça? – retrucou.
A tranqüilidade só voltou ao rosto de Edmundo quando o assunto foi o Vasco, seu clube de coração. Por enquanto, o atacante trata com cautela sobre a transferência e disse que não há negociação nenhuma em andamento e que as conversas com o presidente Eurico Miranda serviram apenas para selar a paz entre as partes.
– Tive uma conversa há alguns meses com o Euriquinho e não houve mais nada. Existia um sentimento de que eu não gostava do presidente e nem ele de mim, mas é justamente o contrário. Tinha receio de chegar com meu filho em São Januário e ser barrado. Lá, eu me sinto em casa – afirmou Edmundo.
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