| 13/12/2007 10h22min
Um recorde negativo foi registrado pelo tênis nacional em 2007. Pela primeira vez desde 1984, o Brasil ficou em sétimo na América do Sul, na comparação entre o melhor tenista de cada país. Chile, Argentina, Peru, Colômbia, Equador e Uruguai aparecem antes do país mais extenso do continente no Ranking de Entradas da ATP. As informações são do site GloboEsporte.com.
Do início de outubro ao fim de novembro, Marcos Daniel venceu o Challenger de Bogotá, e foi vice-campeão em Buenos Aires e Lima. Com estes resultados, o brasileiro deu um salto gigante: da 214ª posição para a 118ª colocação em apenas sete semanas. Entretanto, a derrota de virada na decisão contra o uruguaio Pablo Cuevas (6/0, 4/6 e 3/6) na capital peruana, no último domingo (25), determinou o lugar periférico para o tênis brasileiro no continente. Cuevas assumiu a 115ª posição e ficou três posições à frente do brasileiro no ranking.
– Não damos muita bola para isso, temos é que jogar. Pelo talento que se tem no Brasil, muito se perde pelo caminho. Temos material humano para estarmos em uma posição bem melhor, mas falta uma organização geral. Não é só culpa da CBT (Confederação Brasileira de Tênis), disso ou daquilo. O Brasil é um país grande e isso é difícil. Não sou estrategista para dizer o caminho, mas há coisas que dificultam – declarou Daniel.
A última vez que isso aconteceu foi há 23 anos, quando o brasileiro Givaldo Barbosa encerrou a temporada na 83ª posição, mas atrás de outros seis tenistas de diferentes países da América do Sul. Desde então, apenas nos últimos dois anos o Brasil encerrou a temporada fora do top 100 do ranking mundial.
Hoje, apenas três tenistas brasileiros estão entre os 200 melhores do mundo. Além de Daniel, Flavio Saretta é o 188º e Júlio Silva é o 193º. Enquanto isso, somente a vigorosa esquadra argentina apresenta 13 tenistas à frente de Marcos Daniel.
– Em 1984 eu era o 83º, mas não era só eu entre os cem melhores, o Ivan Soares estava colado em mim. Deviam ter uns dez ou 15, entre os 200. Naquele ano, apesar de eu ser o sétimo, e ter vários outros da América do Sul na frente, tínhamos vários brasileiros. Depois apareceram Mattar e Oncins entre outros que que chegaram numa posição melhor que a gente. Mas eu acho que é fase mesmo, tem um menino que está vindo aí, o Bellucci (Thomaz). Daqui a pouco um dispara e o Brasil deixa de ser sétimo – afirmou Givaldo Barbosa, de São Paulo, onde é treinador de tênis e está prestes a estrear como ator no teatro.
O Brasil ficou em primeiro nesta "disputa sul-americana" em apenas três dos últimos 24 anos: de 1999 a 2001, com Gustavo Kuerten, que atingiu o topo do ranking mundial. A Argentina liderou em nove temporadas, contra cinco de Chile e Equador, e duas do Peru.
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