| 01/12/2007 17h31min
De volta ao Avaí após sete meses, Sérgio Ramirez não é o "remendo" da diretoria ou o técnico que estava acessível no mercado. De acordo com o vice-presidente do clube, Eduardo Gomes, foi a primeira opção pensada e executada quando Alfredo Sampaio decidiu sair ao fim da Série B. Esse prestígio é válido para quem começa um trabalho.
O Leão está há uma década sem levantar o título estadual e Ramirez diz ser o treinador com as características necessárias para encerrar o tabu:
– Tô aí... basta ver os números à frente do Criciúma, Joinville, Marcílio Dias e Metropolitano. Quero dizer que estou com todos os meus sentidos direcionados a dar alegria ao torcedor do Avaí.
O ex-jogador uruguaio vai para o seu quinto Campeonato Catarinense como técnico. Em entrevista concedida ao Diário Catarinense, Ramirez contou que a meta é alcançar um aproveitamento melhor que os 54% da primeira passagem (entre fevereiro e abril) e que se estivesse no Nacional a campanha azurra teria sido ótima.
Diário Catarinense: Uma palavra forte no futebol é planejamento. Espera que tendo essa condição na nova fase no Avaí, você consiga um aproveitamento melhor que aqueles 54%?
Sérgio Ramirez: Veja bem, falando de todos os campeonatos, se você atingir aproveitamento de 60%, 65% dos pontos disputados você estará no topo. Então, aquele aproveitamento de 54% ficou pequeno. Penso numa grande superação, de chegar a esses 65%. Com certeza, atingindo essa percentagem você estará decidindo títulos.
DC: O clube completa 10 anos sem um título estadual. Acabar com esse jejum te motiva?
SR: Foi um dos motivos de eu aceitar o retorno ao Avaí, de dar essa contribuição para a conquista. Nós estamos buscando, com nosso trabalho, que o Avaí volte a levantar um troféu catarinense, pois é um grande clube, tem uma grande estrutura e uma grande torcida. Está na hora, então, de termos esse comportamento para alcançar de novo um título.
DC: E como estão as negociações para a vinda de reforços?
SR: Já nos reunimos (com a diretoria) e fiz um esboço de jogadores que serão dispensados e as nossas carências. Estamos trabalhando para analisar nomes, alguns que posso colocar por conhecimento direto. Mas também essa indicação não será toda por parte do treinador. Alguns colegas têm essa maneira de trabalhar, mas não é a minha.
DC: Mas você vai propor quantas contratações?
SR: Neste novo elenco que vai se formar, talvez tenha uma ou duas indicações minha. E se a direção conseguir contratar esses nomes, ótimo. Se não vier, ótimo também, pois virão atletas com qualidade. Não vou extrapolar e dizer para a diretoria que quero este ou aquele.
DC: O que é possível aprender com a Série B desta temporada? Você chegou a acompanhar o time na competição?
SR: Acompanhei vários jogos, mas não vi todos. Houve oscilações, o Avaí mostrou bons jogos, como contra o Coritiba, que era para ter tido um escore de três a quatro gols. Enfim, foi uma campanha que talvez deva ter sido das mais "leves", pois anos anteriores o Avaí esteve melhor.
DC: A direção avaiana afirmou que o seu retorno é a correção de um erro. Se estivesse na Série B, acha que o Avaí teria ido melhor?
SR: Acredito que poderíamos, com reforços bem analisados, ter feito uma campanha ótima. Porque nós tínhamos uma hegemonia muito grande. Eu tinha o grupo na mão e gostava muito dos atletas e eles gostavam de mim. Era acrescentar, então, jogadores de qualidade e tenho certeza de que teríamos um andamento bom.
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