Em julgamento realizado na noite desta quinta-feira, no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no Rio de Janeiro, os auditores decidiram que o zagueiro Marcão irá continuar suspenso por 120 dias pelo uso de uma substância proibida – finasterida – antes do jogo contra o Sport, no dia 29 de agosto. O resultado final da votação foi de 4 a 2 a favor da condenação.

No recurso, os advogados Inter defenderam o atleta dizendo que o jogador não usou a substância finasterida – encontrada em um produto para impedir a queda de cabelos – para obter vantagem física sobre os adversários. Embora não seja considerada dopante, a finasterida é diurética e pode esconder a presença de outros produtos ilegais.

O relator do processo, Eduardo Machado Costa, sugeriu ao Tribunal que analisasse os procedimentos dos médicos do Inter e do Atlético-PR (ex-equipe do jogador) e abrisse um inquérito para apurar se há irregularidades da comissão de controle de dopagem.

Como foi um julgamento em última instância, o clube não tem mais como recorrer da decisão. Marcão já cumpriu 42 dias da pena e quando completar 60, ou seja, a metade, o departamento jurídico do Inter entrará com uma ação para que o restante da punição seja paga com cestas básicas.

Neste caso, Marcão ficaria a disposição de Abel Braga a partir do dia 15 de outubro e poderia enfrentar o Juventude, no dia 21 de outubro, um domingo, no Estádio Beira-Rio.

Marcão, mesmo sabendo que não teria o direito a palavra no julgamento desta quinta-feira, esteve presente na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Após saber o resultado, restou ao jogador lamentar:

– Eu estou chateado. Mas errei e agora vou ter que assumir – disse Marcão.