| 25/07/2007 12h22min
A seleção de voluntários para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro gera suspeitas. Funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) acusam dirigentes do órgão de burlarem as normas de recrutamento de voluntários, incluindo pelo menos 20 parentes e amigos entre os credenciados para prestar serviços à organização do evento. A informação é do jornal O Globo.
A Associação dos Servidores da Abin (Asbin) encaminhou uma representação à Procuradoria-Geral da República na semana passada, e o subprocurador-geral Moacir Guimarães enviou um pedido para que a Polícia Federal investigue o caso. Segundo o jornal, a inclusão teria sido facilitada por um acordo prévio com Paula Hernandez, gerente do Voluntariado do CO-Rio.
Em resposta por e-mail, Paula Hernandez afirma apenas que "os voluntários se inscreveram no programa individualmente ou indicados por instituições públicas e privadas". Cerca de 40 mil jovens de todo o país disputaram 15 mil vagas, passando por um processo seletivo, pelo qual os parentes e amigos dos dirigentes da Abin não teriam precisado se submeter, segundo os funcionários da agência.
Acusação de improbidade administrativa
A Asbin pede a punição por improbidade administrativa do diretor-geral da agência, Paulo Márcio Buzanelli, e afirma que entre os contratados estão pelo menos cinco filhos do coordenador do Centro de Inteligência dos Jogos Luiz Alberto Saladerry; da diretora de Contra-Inteligência Leila Antunes Monteiro, e da chefe da assessoria de Comunicação Social da Abin, Gessy Tenório Trancoso.
Saladerry confirmou ao jornal que filhos dele e de outros dirigentes estão entre os voluntários, mas nega irregularidades:
– Filhos de funcionários da Abin podiam ser voluntários do Pan como filhos de quaisquer outros servidores públicos. A Abin não tem nenhuma responsabilidade nisso – destacou.
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