| 24/07/2007 00h59min
Alguns focos de vaia podiam ser ouvidos na noite desta segunda no Maracanãzinho, na vitória da seleção brasileira masculina de vôlei sobre o Canadá. Os alvos eram o técnico Bernardinho, que cortou o levantador Ricardinho dos Jogos Pan-Americanos, e seu filho Bruno Rezende, que entrou no lugar do atleta.
– Eu sabia que teríamos resistência por ele ser meu filho. Mas não aceito nenhum tipo de benefício. Não sou burro. Não colocaria um jogador tão jovem na vaga de um atleta como o Ricardinho. Se houvesse benefício, eu teria tirado o segundo levantador da equipe – explicou o treinador, após a vitória de seu time por 3 sets a 0.
Bernardinho voltou a se esquivar sobre os motivos que o levaram a cortar Ricardinho da equipe. Publicamente, ele evitou dar respostas ao jogador, que chegou a dizer nos meios de comunicação que foi traído.
– Não vou debater o assunto através da imprensa – disse. – Só deixo claro que não houve problemas ou reivindicações.
Bernardinho admitiu ter colocado Bruno Rezende no primeiro set nesta segunda com a intenção de prepará-lo para a reação da torcida. O próprio atleta se mostrou conformado com o que aconteceu no Maracanãzinho.
– É normal, todos são fãs do Ricardinho, eu também sou. Já esperava essa reação – explicou Bruno. – Não tem muito que fazer nesse momento para mudar. O que me deixa chateado é falarem dessa relação de família. Todos sabem da minha briga nesses últimos três anos e o quanto lutei para chegar à seleção – lamentou.
Bruno Rezende garante ter sido bem recebido pelos companheiros após a polêmica. Ele destacou sua conversa com Giba, amigo particular de Ricardinho.
– O Giba me falou que o problema não tinha nada a ver comigo e que me queria como parte do grupo – finalizou o camisa um.
Outro personagem importante da partida foi o levantador Marcelinho, que assumiu a condição de titular após a saída de Ricardinho. Experiente, o camisa dois garante estar preparado para suportar a pressão.
– Ouvi algumas vaias, mas não sei dizer para quem foi. Para mim, não muda nada no meu jogo. Podem vaiar ou aplaudir. Não fez diferença – encerrou Marcelinho.
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