| 08/06/2007 00h13min
Campeão da Libertadores, campeão do mundo e agora campeão da Recopa. O Inter goleou o Pachuca por 4 a 0 na noite desta quinta e conquistou a tríplice coroa. Alex, cobrando pênalti, abriu o placar aos 30 minutos de partida. Pinga marcou o segundo, logo aos quatro minutos da etapa complementar, 14 minutos antes de Pato ampliar. Mosquera, contra, fechou a conta, aos 32.
A motivação do time colorado era extrema. A possibilidade de conquistar o título inédito da Recopa, a necessidade de reverter o resultado do jogo de ida (2 a 1 no México) e recuperar a auto-estima na temporada, levaram o Inter a não deixar o Pachuca jogar. Tanto que o primeiro chute a gol dos mexicanos foi registrado aos 42 minutos, com Gimenez cobrando uma falta da intermediária, que nem levou perigo a Clemer.
É difícil escolher o melhor jogador colorado em campo, mas Pato, com oportunismo, se destacou por criar várias chances e infernizar a defesa adversária. Mas foi com Iarley que o Inter chegou ao primeiro gol. Ele não marcou, mas foi derrubado por Pinto quando entrava com a bola dominada na área. Pênalti. Alex, mesmo sem ritmo de jogo, mostrou que não perdeu a mão. No caso, o pé. Deu uma paradinha, chutou e mandou a bola no canto direito. Não comemorou com cambalhota, e sim ajoelhado, abraçado pelos companheiros.
Para a segunda etapa, esperava-se que o Pachuca partisse pra cima. Mas o Inter novamente não deu espaços, e marcou logo aos quatro minutos. A bola foi lançada da esquerda, Pato bateu em cima da zaga. O rebote sobrou para Pinga, que chutou no canto direito de Calero que, mais uma vez se esticou, mas não conseguiu evitar o segundo gol colorado. Pinga marcava o seu primeiro gol com a camisa do Inter.
O placar era de 2 a 0, mas todo o cuidado era pouco, já que com um gol marcado o Pachuca levaria a decisão para os pênaltis. E o time mexicano bem que tentou. Criou algumas chances, mas a forte marcação do Inter abafava a maior parte. Destaque para Edinho, um leão na defesa.
Pato seguia criando na frente, sempre acompanhado por dois marcadores. Aos 18 minutos, ele conseguiu o que tanto procurou: deixou seu gol, assim como no México. O jovem atacante partiu com a bola dominada pela esquerda, chegou na pequena área e chutou para o gol. Calero chegou a ir na bola, que passou por baixo de seu corpo.
O técnico Alexandre Gallo então tirou Rubens Cardoso, que teve grande contribuição pela esquerda, e colocou o volante Maycon, reforçando a defesa para preservar o resultado. Porém o Inter não administrava o resultado. Tinha garra e técnica para atacar.
E tanto fez que conseguiu. Pinga cruzou para Pato, que esperava na área, o zagueiro Mosquera interceptou, tentando recuar para o goleiro, mas acabou fazendo contra. O detalhe é que, neste momento, havia duas bolas em campo, portanto, o gol seria irregular. Mas a arbitragem não viu e o Inter acabou beneficiado pelo erro. Foi o quarto gol colorado. Muito mais do que os torcedores pediam, já que uma vitória simples seria suficiente.
O título estava garantido, a festa começou nas arquibancadas e, com o apito final, tomou conta do gramado.
Iarley substituiu Fernandão, que está lesionado. Mas na hora de erguer a taça, chamou o camisa 9 e o goleiro Clemer ao palco. Os três levantaram a Recopa, completando a tríplice coroa que, como disse o técnico Gallo ao final da partida, encerra um ciclo vitorioso.
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