| 29/01/2007 00h53min
Mesmo antes da partida, o Brasil já estava garantido nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, pois o resultado paralelo da partida entre Paraguai e Chile o favoreceu. Mas com a vitória diante da Colômbia, por 2 a 0, o time comandado por Nélson Rodrigues fatura pela nona vez o título do Sul-Americano Sub-20. Os gols foram marcados por Lucas e Edgar, no primeiro tempo do confronto.
Problemas com virose, dificuldades com a arbitragem, torcida contra e mudanças seguidas na escalação. Apesar de todos os obstáculos e de mostrar um futebol sem imaginação em boa parte da competição, o Brasil chegou lá. O futebol é a primeira modalidade de esportes coletivos que o país consegue a classificação para os Jogos e, justamente, a que foi responsável pela maior frustração em Atenas, quando a geração de Diego, Robinho, Kaká e Adriano caiu ainda no Pré-Olímpico.
A classificação veio antes da última partida, com o triunfo do Chile sobre o Paraguai. Assim, a seleção terminou a competição de forma invicta e na ponta do hexagonal final, com 11 pontos.
A vitória foi assegurada ainda no primeiro tempo, com gols de Lucas, aos 24, e Edgar, aos 45 minutos. Foi o sexto resultado positivo em nove jogos da seleção no torneio, que foi a única invicta a deixar o Paraguai.
Já a outra vaga sul-americana em Pequim ficou com a Argentina, que só assegurou o lugar ao vencer o Uruguai por 1 a 0, com gol de Acosta, aos 47 minutos do segundo tempo. O evento também servia como classificatório para o Mundial da categoria, que será realizado entre 30 de junho e 22 de julho deste ano no Canadá, e os representantes da América do Sul serão: Brasil, Argentina, Uruguai e Chile.
Esta foi a primeira vez que a competição sub-20 serviu como classificatório para os Jogos Olímpicos, que é limitada a atletas com menos de 23 anos. A medida foi adotada para a Conmebol diminuir gastos, mas só foi avisada um mês antes do torneio iniciar.
Mesmo assim, a equipe terminou em primeiro lugar do grupo com vitórias sobre Chile (4 a 2), Peru (2 a 1) e Bolívia (3 a 0), e um empate com o Paraguai (1 a 1). No hexagonal final, o início não foi bom com dois empates por 2 a 2 com Argentina e Chile, sendo que o último terminou com uma confusão entre os jogadores e o árbitro Alberto Duarte.
O grupo reclamou da marcação dos dois pênaltis, que originaram os gols chilenos, e teve três expulsos (Luiz Adriano, Carlinhos e Thiago Heleno) e o volante Fernando excluído da competição. Porém, a situação adversa levou o time a se unir e reagir. Com apenas quatro na reserva, o Brasil superou o Uruguai por 3 a 1 e, em seguida, bateu o Paraguai (1 a 0), com um gol aos 44 minutos do segundo tempo. O título veio com a terceira vitória na fase final.
Na partida decisiva, já sabendo da classificação, o Brasil teve o domínio desde o início e não teve problemas para abrir o placar com Lucas. Aos 24 minutos, o volante do Grêmio recebeu na entrada da área, fintou um adversário e bateu firme no ângulo do goleiro. Embalado, o Brasil ainda acertou a trave colombiana, antes de ampliar no final da etapa. Aos 45, Luiz Adriano dominou na meia-lua, driblou três jogadores e passou para Edgar, livre, tocar na saída de Ospina.
Com a boa vantagem, o Brasil tratou apenas de tocar a bola e controlar o resultado no segundo tempo. A Colômbia ainda chegou a acertar uma bola na trave de Cássio, mas não teve forças para reagir.
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