| 14/12/2009 23h41min
Basta uma rápida olhada na fila para perceber a importância que o título brasileiro de 1979 tem no imaginário da torcida do Inter. Colorados de todas as gerações, muitos dos quais nem eram nascidos à época, não se importaram em passar mais de uma hora em pé à espera de um autógrafo de Paulo Roberto Falcão, autor do livro O Time Que Nunca Perdeu (Editora AGE, R$ 29), sobre a conquista invicta, lançado nesta segunda-feira.
Os colorados que só viram a façanha em vídeo agora têm uma fonte de consulta à altura da conquista, com informações de bastidores que até hoje permaneciam inéditas. Os mais antigos poderão matar a saudade de um título histórico, inigualável. Em parceria com o jornalista Nílson Souza, Falcão recupera jogo a jogo a trajetória daquele time, por muitos considerado o melhor do Inter em todos os tempos.
Capitão da equipe, o ex-camisa 5 entrevistou 21 heróis do tricampeonato. Apenas Adílson Miranda, falecido num acidente de carro, não foi ouvido. Estão lá Benitez, Jair, Mário Sérgio, Valdomiro, João Carlos, Batista, Mauro Pastor, entre outros. O trabalho do lendário técnico Ênio Andrade e do preparador físico Gilberto Tim também foram destacados. Os depoimentos prometem emocionar os leitores tanto quanto emocionaram o autor.
— É um momento importante na vida da gente, na vida de todos que participaram desta conquista. Agora está tudo documentado para quem quiser ler — resumiu Falcão, enquanto pacientemente distribuia autógrafos e posava para fotos com torcedores.
A ideia de colocar as memórias no papel surgiu em outubro passado, quando o Inter contratou Mário Sérgio para o lugar de Tite. Ao entrevistar o antigo colega de time na Rádio Gaúcha, Falcão ouviu do técnico que aquele era o título mais importante de sua carreira como jogador, justamente por se tratar de uma conquista sem uma única derrota. O ato seguinte foi localizar alguns ex-jogadores em terras tão distantes como o Amapá ou a Inglaterra.
Personagens do livro, alguns craques compareceram ao lançamento, como Jajá, João Carlos, Chico Espina, entre outros. Paulo César Carpegiani, que já havia deixado o Inter em 79, também foi dar um abraço no amigo. Vários dirigentes marcaram presença. O atual presidente do Inter, Vitório Piffero, não fez uso de seu status na comunidade colorada: encarou a fila de autógrafos como qualquer outro. O ex-presidente e atual diretor de futebol Fernando Carvalho também fez uma aparição rápida.
Não por acaso, o evento de lançamento do livro foi realizado no Estádio dos Eucaliptos, antiga casa do Inter. Foi lá que o catarinense de Abelardo Luz começou a carreira como jogador, nas categorias de base do clube que defendeu por 16 anos. Provavelmente foi também a última noite de glória do estádio, que será demolido em breve. O dinheiro da venda do terreno será utilizado nas reformas do Beira-Rio para a Copa do Mundo de 2014.
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