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 | 10/10/2009 15h22min

Mário Sérgio: Mundial todo mundo tem, Brasileiro invicto só o Inter

Técnico colorado valoriza campeonato de 1979, quando era jogador da equipe

Mário Sérgio assumiu o Inter com a missão de levar a equipe à Libertadores de 2010 e à conquista do título do Brasileirão. Ele fica no clube somente até o final do campeonato para, segundo ele, tentar retribuir o que o Colorado lhe deu quando era jogador. Hoje treinador, ele revelou em entrevista ao programa "Falcão na Gaúcha", que foi ao ar neste sábado, que valoriza muito o título brasileiro invicto de 1979, definido por ele como mais importante que um Mundial. Em 1983, ele levantou a taça no Japão com o rival Grêmio.

– Pode parecer demagogia, mas você sabe muito bem o que significa o Internacional para a gente (para ele e para Falcão). Essa é a chance que eu tenho de retribuir aquilo que o Inter fez por mim. Minha carreira deu um salto, fui para a Seleção, ganhei duas bolas de prata... O Inter me deu uma oportunidade de ter um título que nunca mais ninguém vai ganhar. Título mundial todo mundo tem, Libertadores todo mundo tem. Você acha que alguém vai ganhar Brasileiro invicto? Eu com certeza não vou ver isso acontecer, ainda mais nos moldes em que o campeonato é disputado hoje – revelou.

O técnico já pensou em largar o futebol diversas vezes. Mas aceitou comandar a equipe colorada nessa reta final da temporada como uma forma de gratidão. Ele afirma que, no ano que vem, não ficará em Porto Alegre.

– Eu vou lutar para que eu faça essa retribuição do que me deram, a gratidão é uma palavra pouco usada hoje, mas para mim é muito importante. Quero dar o melhor. Se eu conseguir, saio daqui satisfeito. Não sei nem se continuo mais no futebol. Porque o meio é terrível. É treinador sem ética, que se envolve em venda e compra de jogador. Uma vez, quando eu fui diretor no Grêmio, a imprensa dizia que eu trazia jogador do meu filho. O que era usado para te desestabilizar, hoje banalizou. O treinador coloca empresário para morar praticamente na concentração do clube... Acontece de tudo. A impunidade é geral. Então resolvi que não participaria mais disso. Vim para cá porque as pessoas são sérias. Mas ano que vem, não vou dizer que não vou mais trabalhar como técnico, mas aqui em Porto Alegre não posso ficar – justificou.

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