| 11/12/2009 07h25min
Após a reunião de ontem na casa de Jorge Fossati, ontem no bairro de Pocitos, em Montevidéu, com as presenças de Vitorio Piffero e Fernando Carvalho, o técnico uruguaio diz estar "80% no Inter". Foram quase cinco horas de conversa. Acredita que até o fim de semana poderá ser anunciado como treinador do Inter. Também analisa a oferta da seleção do Equador.
Há exigências de ambas as partes a serem analisadas, entre elas, o pedido de Fossati de trabalhar com dois auxiliares, Juan Jacinto Rodriguez e Leonardo Martins, além do preparador físico Alejandro Valenzuela, sua equipe há sete anos. Assim, Fábio Mahseredjian deixaria o Beira-Rio. Problema para o Inter, pois Fossati já era a sua terceira opção. E não há uma carta na manga.
– Mas há exigências de trabalho que não abro mão. Até posso trabalhar com dois preparadores físicos, mas quem manda é o que eu levar – afirmou, definitivo.
Segundo Fossati, na reunião foram analisadas questões técnicas e táticas, não contratuais. Isso caberá a seu empresário, Gabriel Morales, mas o salário do treinador deverá ser de US$ 100 mil (R$ 175 mil) mensais, durante uma temporada. O técnico uruguaio espera uma resposta do clube. Ele também precisa dar satisfações à Federação Equatoriana de Futebol, que deseja contar com seus serviços pelos próximos quatro anos. Admite que a proximidade de Montevidéu com Porto Alegre o anima, pois ficaria perto da família.
– Fiquei impressionado com a mentalidade do Inter. Com o time que tem é possível ser campeão da Libertadores – disse Fossati. – Demos apenas o primeiro passo.
A reunião serviu para discutir a Libertadores. A dificuldade de jogar nos 2.850m de altitude de Quito foi um dos assuntos mais comentados. O Inter terá o Deportivo Quito pela frente, logo na abertura da competição do ano que vem.
A missão de Fossati é de conduzir o Inter ao título da Libertadores. Mas seu passado recente na competição o condena. Pela LDU, não foi bem este ano. Ficou em último na Chave 1.
Como atenuante há o fato de que ele pegou o time tardiamente no início de 2009. A LDU disputara o Mundial de Clubes – e perdera para o Manchester United –, em 21 de dezembro de 2008, ou seja quase ao final do ano. Os jogadores receberam férias até o final de janeiro.
A estreia na Libertadores de 2009, já com Fossati, que substituiu o argentino Edgardo Bauza, foi com vitória sobre o Palmeiras, em 17 de fevereiro, no grupo da morte, que incluía Sport e Colo-Colo. Manteve o esquema 3-5-2 de Bauza, mas o time cansou. Acabou na última colocação.
Ocorreu com a LDU o mesmo que se sucedeu com o Inter de Abel Braga em 2007. Campeões mundiais, os jogadores voltaram mais tarde aos treinos. O Inter caiu na primeira etapa da competição.
– Fossati estava recém conhecendo a equipe, e a LDU era um time cansado. Sentiu demais a falta de treinos por causa do retorno tardio – afirmou o jornalista Marcelo Callo, do jornal El Universal, de Quito. – No segundo semestre, reagiu e venceu a Recopa e a Copa Sul-Americana.
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