| 23/11/2009 05h40min
Valdir Friolin
O técnico interino do Grêmio já decidiu. Ficará no Olímpico em 2010 apenas em duas circunstâncias.
A primeira é, no caso de o clube não se acertar com Adilson Batista, ser efetivado no cargo. Dessa vez, ao contrário da primeira interinidade, Marcelo Rospide se considera pronto para exercer a função.
A segunda alternativa é, caso o Grêmio feche com Adilson ou com outro profissional, ser mantido como auxiliar direto.
Rospide não admite publicamente, mas sabe que foi desprestigiado na vinda de
Paulo Autuori. Com Celso Roth, era ele o auxiliar. O Grêmio aceitou as exigências do novo treinador, que trouxe na bagagem o seu homem de confiança, Renê
Weber, rebaixando Rospide de função.
O que é de praxe: quem assume no comando de um clube escolhe o seu braço-direito. Mas Rospide, pela condição que assumiu no Grêmio após duas interinidades de sucesso, não aceitará voltar a ser olheiro do adversário ou exercer função acesssória.
Além do justo reconhecimento profissional do clube onde trabalha há 15 anos, há uma questão salarial importante na exigência de Rospide, maior conhecedor das categorias de base em atividade nas imediações da Azenha.
O salário do auxiliar direto do técnico em um clube grande não é nada desprezível. Não é a fortuna do titular, mas é muito mais do que ganha o encarregado de analisar o adversário, por exemplo.
Portanto, o interino Marcelo Rospide só ficará no Olímpico se emplacar 2010 como técnico de fato e de direito do Grêmio ou, na pior das hipóteses, como auxiliar número 1. De Adilson Batista ou quem quer que
seja. Do contrário, vai cuidar da sua vida em outro
lugar.
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