| 20/11/2009 05h40min
Diego Vara
Quando escrevi aqui na coluna que perder a braçadeira de capitão era apenas o começo do fim da Era Tcheco, recebi um bocado de críticas. Algumas elegantes, outra nem tanto. A parte do "nem tanto" foi até maior, reconheço. Bem, foi mais rápido do que eu pensava. Nem terminou o campeonato e Tcheco já se despediu oficialmente. É passado. A pergunta, agora, é a
seguinte:
É preciso contratar um substituto para Tcheco? A resposta é não. Chegou a hora de apostar com firmeza em Douglas Costa. Que entreguem para ele
a camisa 10 e o deixem jogar por um bom tempo como titular absoluto.
É claro que o Grêmio precisa reforçar o grupo. E muito. Não há lateral-direito, titular ou reserva. Nenhum lateral-esquerdo convenceu totalmente. Falta reposição para as meias e, por fim, atacantes.
Só Maxi López e Jonas é pouco. Um time que pensa em ser campeão tem que ter, ao menos, três bons atacantes. E se o técnico precisa virar um placar e resolve montar um 4-3-3 de verdade? Como fica?
Mas a 10 é de Douglas Costa. Se Hugo, do São Paulo, for mesmo contratado, entreguem a 11, a 14 ou a 20 para ele. A 10 é de Douglas.
Alguém no Grêmio tem obrigação de se encarregar disso. Bastou Douglas ganhar sequência nos últimos jogos para o seu rendimento subir, subir e subir sem parar. Este é o bom do jogador talentoso: nunca se sabe qual o seu limite. O ruim, não. O ruim se sabe exatamente até onde vai. Dali, não passa.
Sem Tcheco, a tendência é o meio-campo ganhar mais velocidade.
Sai um jogador que faria 34 anos em abril de 2010, entra um moleque adolescente, quase 15 anos mais novo. Vai mudar o perfil do meio-campo do Grêmio. Mais agilidade, arranque e rapidez, menos cadência.
Enfim. Tcheco se foi. Sem títulos, mas com o carinho da torcida. O que não é pouco. Agora, é tudo com Douglas Costa. Dêem a 10 para ele.
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