Rotineiramente, o técnico Ricardo Gomes atende à imprensa às terças e sexta-feiras no CT da Barra Funda. Nesta-quinta-feira, um dia depois de ver o efeito suspensivo da perda de mando de campo da última rodada negado, e de Jean, Dagoberto e Borges serem punidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em três partidas, o treinador pediu para falar e poupou os jogadores. Munido do noticiário esportivo impresso do dia, Ricardo falou com ironia. Segundo ele, jornalistas, colunistas e editores estão errados em suas afirmações, já que todos discordaram das decisões.

– A conta não está fechando, tem alguma coisa errada. Sei o que vocês (jornalistas) escreveram, sei cada frase. Vocês interpretam tão mal, não é possível. A conta não fecha, não achei nenhum comentário que fosse contrário. Ou vocês não entendem nada, ou então tem alguma coisa errada. JT, Lance!, Diário de São Paulo, Estadão, vocês não sabem nada – ironizou o técnico.

O treinador destacou que o clube irá recorrer:

– Temos a sorte de trabalhar com futebol, porque conseguimos aliar as paixões. A grande maioria foi torcedor, esta coisa lúdica de torcer por paixão, sem interesse. A base de isso tudo é paixão e tratá-la mal é algo complicado, porque deixa marcas. Aquele torcedor que está começando, que vai ser um futuro treinador, um futuro jornalista, ele está triste – completou.

Ricardo Gomes observou que desabafou com dirigentes antes da coletiva:

– Se fosse falar tudo aqui, pegaria 200 anos de suspensão. Vamos debater, discutir. Temos várias instâncias. O importante é debater, defender os valores, que são primordiais. Brigamos pela liberdade em 80 e por isso estamos aqui. Então assim é que vai – salientou.