Para quem não vence fora de casa desde o 2 a 0 sobre o Avaí, há dois meses, é uma notícia e tanto. O centroavante Val Baiano e o goleiro Renê, reintegrados ao clube após serem afastados pela direção do Barueri, não enfrentarão o Inter no domingo, a exemplo do que já ocorreu diante do São Paulo.

Os dois jogadores teriam recebido dinheiro do Cruzeiro como incentivo na vitória sobre o Flamengo por 2 a 0.

Val Baiano e Renê foram afastados como punição por terem aceitado a chamada “mala branca”. Quando surgiu a notícia de que os dois haviam sido reintegrados ao grupo após cumprirem a punição imposta pela diretoria, os adversários do São Paulo protestaram. O presidente Vitorio Piffero foi o mais enfático. Disse que a presença deles contra o Inter, somada à ausência diante do São Paulo, seria uma forma de beneficiar o atual campeão brasileiro.

– Para a lisura do campeonato, é uma medida correta. Se o Barueri considerou a atitude dos jogadores passível de punição, por que esta punição tem que beneficiar o São Paulo e prejudicar o Inter, dois concorrentes diretos? Não há motivos para eles jogarem contra nós – afirmou o diretor de futebol, Giovani Luigi.

Com 12 gols em 24 jogos, Val Baiano é um dos goleadores. Aos 28 anos, ele só virou titular em junho.

– É bom ele não jogar! Alguém acreditaria se eu dissesse que não faz diferença? Não, né? – afirmou o zagueiro Índio.

Fabiano Eller gostou da notícia. Mas está incrédulo. Segundo ele, até domingo a decisão pode ser revertida. Se houve pressão para os dois ficarem de fora, a partir da divulgação da notícia virá o contraveneno.

– Duvido que o São Paulo não faça algum tipo de pressão quando ficar sabendo disso. Mas admito que é um desfalque para o Barueri. Até por se tratar de jogo com bastante mídia. É o ideal para um cara com o perfil dele mostrar mais serviço e garantir um contrato com um grande clube no ano que vem – explicou Eller.