| 12/10/2009 03h29min
Em dois jogos em menos de uma semana, Mário Sérgio já provoca algum espanto pelos corredores da direção do Beira-Rio. Primeiro, na sexta-feira, em cima da hora o técnico trocou o horário do treino da manhã para a tarde, quando quase todos os jogadores já estavam no vestiário. Mais: a equipe que treinou à tarde não foi a campo no sábado. Mais: a formação do 1 a 1 em casa contra o Atlético-PR e as alterações em meio ao jogo levaram apreensão ao Beira-Rio. Assim, tropeçando nas próprias chuteiras, o Inter deixou de assumir a vice-liderança do Brasileirão e voltou a permitir a aproximação dos adversários na briga pela vaga à Libertadores.
Algumas decisões do técnico-tampão Mário Sérgio surpreenderam até mesmo os dirigentes, embora eles nada possam fazer agora. Já trocaram o comandante e restam nove jogos para o fim da temporada.
1. Contradições na ala Mário
Sérgio havia admitido que mal conhecia a sua nova equipe. Havia
assistido a somente cinco jogos do Inter no ano.
Disse que Danilo Silva jogaria apenas como zagueiro e só concebia o 3-5-2 com Kleber em campo – e ele estava suspenso. Sua ideia de esquema tático caiu em contradição no sábado, quando jogou no 3-5-2, com Marcelo Cordeiro – a quem disse não conhecer – e, depois, com Andrezinho na função de ala. Deu errado.
2. Treinar para quê?
O técnico do Inter apresenta uma nova maneira de treinar um time de futebol: na conversa. No sábado, aguardou o momento da palestra, menos de duas horas antes do jogo, para mudar o time. Sorondo, que havia treinado como titular na defesa, com Eller na ala-esquerda, estava fora da equipe para o ingresso de Marcelo Cordeiro. Após o empate com o Atlético-PR, Mário Sérgio, irritado com perguntas sobre a mudança na escalação, disse que pode treinar o time com recursos gráficos e de vídeo, em vez do bom e velho treino no campo. Prova disso foi a folga dada para os jogadores nesta
segunda-feira.
3. Realidade virtual
A vitória
sobre o time misto do Náutico parece ter enganado Mário Sérgio. Com a sofrida vitória sobre um dos piores times do campeonato, o técnico pensou ter conquistado carta branca a providências como tirar Andrezinho do time e colocá-lo na ala-esquerda. Sorondo, que havia treinado exaustivamente a bola aérea na última sexta-feira, foi sacado do time. O gol do Atlético-PR surgiu de um cruzamento às costas de Andrezinho – que estava no ataque – e em uma cabeceada de Patrick, que venceu Índio pelo alto. Ao final da partida, o técnico foi todo elogios à equipe e disse que o Inter havia jogado “uma barbaridade”.
4. Sem perguntas
Sem treinar um clube de massa desde o Atlético-MG, em 2004, Mário Sérgio parece ter-se mostrado surpreso com as cobranças diários. Foi assim a sua reação quando a imprensa o indagou sobre o empate em casa com o Atlético-PR. Ele não gostou. Revelou-se impaciente durante a entrevista coletiva após o jogo. Perguntas normais em
noite de mau resultado em casa levaram
o técnico a respostas irritadas e irônicas, além de promessa de “fim de relacionamento” com a imprensa, caso seja desrespeitado.
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