Se pudesse optar, o meia Paulo Baier, que completa 35 anos este mês, vestiria azul e não as cores do Atlético-PR, hoje à noite, na Baixada. Natural de Ijuí, o responsável pela recuperação da equipe de Curitiba no Brasileirão esteve próximo de um acerto com o Grêmio no início do ano. Para ele, seria a realização de um sonho de infância.

Em janeiro, Baier foi tema de uma reunião entre o então técnico Celso Roth e o atual diretor de futebol Luiz Onofre Meira. Os dois concluíram que o jogador não teria espaço no time por jogar na mesma função de Souza.

– Quando criança pensei em jogar no Grêmio. Afinal toda a minha família é gremista. Mas isso não tem mais nada a ver hoje. Sempre defendo bem o clube em que jogo – afirma Baier, sem revelar mágoa.

Sorte do Atlético-PR. Contratado em junho, ele foi recebido sem empolgação pelos torcedores. A passagem sem brilho pelo Sport e a briga com o técnico Nelsinho Baptista pesavam contra. A resposta foi dada dentro de campo. Até agora, são seis gols no Brasileirão. Um deles na vitória por 3 a 1 contra o Corinthians, que afastou o Atlético-PR da zona de rebaixamento.

– Ele é o cérebro do time – afirma o jornalista Robson De Lazzari.

Paulo Baier não participou de todo o treinamento de ontem. Alegou dores na coxa direita. Aos setoristas, revelou que o desconforto é provocado por ser o cobrador de todos os escanteios e faltas do time.

Com frases curtas, ele garante que o fato de enfrentar o Grêmio não provoca motivação especial. O mais importante, diz, “é afastar o time da zona perigosa da tabela”:

– Nossa sequência de resultados é boa. Chegou o momento da afirmação.