Mário Fernandes, 19 anos, roubou de Douglas Costa a condição de objeto do desejo de clubes europeus. Seu prestígio pode ser medido pela brusca mudança de rota feita por olheiros de Manchester City, Real Madrid, Barcelona e Juventus. Como o jogador não foi convocado para o Mundial Sub-20, no Egito, eles precisaram adiar a viagem para Port Said, local dos jogos do Brasil, e vieram às pressas para Porto Alegre.

Em dois jogos do Grêmio no Brasileirão, contra Vitória e Fluminense, os observadores instalaram-se no camarote que o empresário Jorge Machado mantém no Olímpico para conferir as qualidades do misto de lateral e zagueiro. Prometem retornar na janela de janeiro, com ofertas que não serão inferiores a 10 milhões de euros (R$ 26 milhões).

Por enquanto, a investida mais forte é da Espanha. Julen Lopetegui foi o enviado do Real Madrid à Capital. Do Barcelona, vieram até mesmo candidatos à sucessão presidencial, em 2010.

– É o mesmo grupo que, no passado, levou Fábio Rochemback e Rivaldo – informa o empresário Jorge Machado, responsável pela vinda de Mário para o Grêmio, em março.

O Manchester City conta com o apoio financeiro do xeque Mohammed bin Rashid, que banca o Al-Jazira, dos Emirados Árabes. Conforme Machado, Rashid ficou “encantado” com o futebol observado em DVDs. A relação entre Machado e o xeque é antiga e envolve a venda de Rafael Sobis e Pinga, ex-Inter e Valdívia, ex-Palmeiras, para o Oriente Médio.

Mesmo que a multa rescisória esteja fixada em 7 milhões de euros (em torno de R$ 18 milhões), não há o risco de o jogador sair por esse valor. O valor foi fixado apenas como forma de garantir o investimento feito pelo próprio Machado e por investidores dos EUA e da Espanha, que adquiriram o jogador do São Caetano por R$ 1 milhão e o colocaram no Grêmio.

– Nosso desejo é de que ele fique aqui pelo menos até dezembro de 2010. Como se trata de um jogador diferenciado, não sairá por menos de 15 milhões de euros (mais de R$ 38 milhões) – aposta Machado.