| 03/10/2009 16h40min
O alagoano Souza é o que se pode chamar de goleador temporão. Aos 30 anos, contabiliza pela primeira vez a marca dos 20 gols num mesmo ano. Só no Brasileirão, são 10. A fragilidade do Sport, adversário do Grêmio neste domingo, no Olímpico, faz supor que a média ainda vá aumentar. O segredo está no posicionamento.
– Tenho por conceito que os meias precisam estar perto da área do adversário. Não podem ser só assistentes, mas, também, finalizadores – explica o técnico Paulo Autuori.
Não é difícil entender por que, em 2009, os números de Souza contrastam com os de temporadas anteriores. No ano passado, por exemplo, somadas as passagens pelo próprio Grêmio, São Paulo e Paris Saint-Germain, foram só 10. Em 2007, quando foi decisivo na conquista do título brasileiro pelo São Paulo, marcou seis.
Mas como exigir meias agudos sem deixar um buraco aberto no meio-campo? O técnico completa seu raciocínio. Diz que, em seu time, volantes também precisam ser organizadores de jogadas. É o que fazem Adilson e Rochemback.
Aproximando-se de Tcheco e Souza, os dois evitam que os meias precisem voltar ao próprio campo para iniciar o lance, o que poderia provocar desgaste e falta de gás para chegar à frente e concluir.
Autuori conhecia Souza de sua passagem pelo São Paulo em 2005, ano marcado pelas conquistas da Libertadores e do Mundial Interclubes. Foi no final daquele ano, quando Autuori trocou o Brasil pelo Japão, que Souza encontrou-se com Muricy Ramalho. Foram três temporadas juntos. O que provocou uma admiração mútua.
O meia considera o atual treinador do Palmeiras decisivo para seu crescimento. Muricy devolve o elogio com juros:
– Ele faz a diferença. Tem o drible, bate muito bem na bola, a qualquer momento pode colocar o companheiro na cara do gol. Elogio de respeito.
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