O São Paulo e o Comitê Paulista apresentaram na tarde desta quarta-feira a preparação da cidade para a Copa do Mundo de 2014. O foco principal, mais uma vez, foi o estádio do Morumbi.

Representado pelo vice-presidente de marketing, Adalberto Baptista, e o advogado José Francisco Manssur, coordenadores do projeto, o São Paulo apresentou as adequações realizadas pelo escritório alemão GMP, e antecipadas pelo site Lancenet! desde o início da semana. O arquiteto Ralf Amann, radicado no Rio de Janeiro, foi o responsável por explicar o projeto, elaborado em três semanas e enviado à Fifa no último dia 4 de setembro.

Amann e os dirigentes são-paulinos classificaram como normais as novas críticas do presidente da entidade, o suíço Joseph Blatter, e o secretário-geral, o francês Jérôme Valcke. Os dirigentes afirmaram que o Morumbi ainda não atende as exigências para receber a abertura do Mundial.

— Isso é normal. Fizemos estádios na Alemanha e na África do Sul (sedes da última e da próxima Copa do Mundo) e houve várias entregas de projetos. Nós mandamos, eles corrigem, refazemos, enviamos novamente. Não é um processo estático, é dinâmico. Todos os nossos estádios atendem 100% das exigências da Fifa — garantiu o arquiteto alemão, responsável, por exemplo, pela modernização do Estádio Olímpico de Berlim, palco da final em 2006.

O estádio alemão foi utilizado como exemplo ao citar o problema da distância das câmeras de televisão até o gramado. De acordo com o caderno de encargos da Fifa, elas precisam estar a 75 metros. No Morumbi, ficam a 100 metros.

— É um problema comum a todos os estádios que têm pista de atletismo. Vamos fazer um estudo e tenho certeza de que encontraremos a solução, não há problema — completou.

O anúncio da sede da abertura da Copa do Mundo será feito em 2011. Por isso, o Tricolor se comprometeu a realizar todas as obras, independentemente da escolha da Fifa. Entre elas, o prédio anexo, as áreas para hospitalidade no entorno (de responsabilidade dos Governos Estadual e Federal) e a cobertura.

— Não podemos esperar até 2011 para iniciar obras desse porte. Vamos deixar o Morumbi pronto para receber a abertura e, então, caberá a Fifa decidir — afirmou Adalberto Baptista, ao lado de Manssur e do presidente da São Paulo Turismo, Caio Luiz de Carvalho.