A participação do governo federal nas ações preparatórias de Porto Alegre para a Copa de 2014 começou a ser definida em encontro nesta sexta-feira, em Brasília. Em entrevista para a Rádio gaúcha, o coordenador da Copa de 2014 no Rio Grande do Sul, Paulo Odone, disse que uma nova reunião foi marcada para o dia 28, para discutir as responsabilidades de cada setor, especialmente nos temas turismo, mobilidade urbana e Estádio Beira-Rio.

– Nossa reunião acabou sem conclusão. Marcamos outra reunião para o dia 28. Discutimos as questões dos estádios. Pleiteamos isenção de impostos, principalmente para os privados – comenta Odone.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abrirá linha de crédito para os nove estádios onde serão realizados jogos da Copa que pertencem ao governo. Cada uma das arenas terá até R$ 400 milhões disponíveis, totalizando R$ 3,6 bilhões.

Em relação ao Beira-Rio, Odone afirmou que o estádio precisa entre R$ 120 a R$ 150 milhões em investimento. Porém, o secretário disse que há o impasse de que o BNDES não pode investir no campo, justamente por ser privado. O mesmo problema tem a Arena do Grêmio.

– O BNDES não financia diretamente com clubes e o Estado não pode receber dinheiro para repassar para a instituição – conta o deputado. – Estes clubes podem receber investimento do BNDES, mas provenientes de outras linhas de crédito – complementa.

Também foram debatidas questões referentes à mobilidade urbana e turismo em Porto Alegre.

– É o legado que ficará da Copa. Em infra-estrutura teremos uma melhoria da qualidade de vida da população. Também é oportunidade de inclusão social. Teremos um plano de captação social ligado ao turismo – explica Odone.

Além de Odone, participaram da reunião o vice-prefeito de Porto Alegre e Secretário Extraordinário para a Copa do Mundo de 2014, José Fortunati, e o vice-presidente de patrimônio do Inter, Emídio Marques Ferreira.