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 | 14/08/2009 05h10min

Lesão de Maxi López é trágica para o Grêmio

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br



 Vinícius Rebello

 

 

 


 


Ontem não foi um bom dia para o torcedor do Grêmio. Nem a volta das temperaturas primaveris aliviaram a sensação ruim que ficou com a série de notícias preocupantes. Pela manhã, o argentino Maxi López (foto acima, olhando para o médico Paulo Rabaldo) sentiu as mesmas dores na coxa direita que o tiraram do jogo contra o Barueri no intervalo. Fez exames. Era estiramento. Diagnóstico: um mês parado. Notícia terrível para os planos de G-4.

Anote aí as pedreiras que o Grêmio terá pela frente sem ataque, portanto: Flamengo, Santos (Vila Belmiro), Atlético-MG, Botafogo (Rio), Vitória e Náutico (Recife).

Como Souza e Tcheco já desfalcam o time pelo terceiro cartão amarelo, nunca a equipe do técnico Paulo Autuori esteve tão fragilizada para manter o ótimo aproveitamento em casa. Neste domingo, o Flamengo não terá Leo Moura, Juan e Kléberson. Mesmo assim, diante das circunstâncias, passou a ser rodada de risco para o Grêmio.  

No treino da tarde, Autuori escalou três volantes no meio-campo e quatro zagueiros no time, por falta de opções. Serão três improvisações. Os zagueiros Mário Fernandes e Réver nas funções de lateral-direito e volante. E Túlio, que terá de virar meia de criação em um passe de mágica. Isso sem falar no ataque de Jonas e Perea, que pode ter vida longa com Maxi e Herrera machucados.

Para completar a tragédia da lesão muscular de Maxi López neste momento, ele pode nem vestir mais a camiseta do Grêmio.

O Werder Bremen, da Alemanha, fará proposta oficial. Ontem, esperava-se um "fica" contundente dos dirigentes para o único atacante com "A" maiúsculo das imediações da Azenha. Mas eles não passaram esta tranquilidade ao torcedor. Ao contrário: semearam desconfiança.

Parece que foi deflagrada uma operação destinada a preparar o espírito dos gremistas para a venda do argentino.

O vice de finanças, Irany Santanna, revela a Rádio Gaúcha que os gastos com  futebol estão acima do previsto para 2009. Disse mais: a folha estava prevista para ficar em R$ 2,2 milhões mensais, mas já está perto dos R$ 3 milhões. Que leitura se faz disso? O clube precisa de dinheiro com urgência, é claro. Dinheiro da venda de Maxi.

O vice de futebol Luiz Onofre Meira, ao mencionar a surpreendente multa rescisória de US$ 25 milhões para um empréstimo, mudou o tom do discurso. A intenção é não vender (é o que dizem TODOS os dirigentes antes de se desfazer de qualquer jogador importante). Porém... Sempre há um porém.

— É evidente que esta cláusula é para o clube se proteger, mas a direção pode rever esses valores.

O presidente Duda Kroeff repetiu que Maxi é imprescindível, que Maxi é importante, que Maxi isso, que Maxi aquilo. Só que a autoridade máxima do clube também sacou o temível "mas":

— Mas se chegar uma proposta irrecusável, teremos que analisar.

Se o Grêmio detém os direitos do jogador até o fim do ano bastaria dizer: Maxi só sai antes de dezembro para o clube que pagar os US$ 25 milhões da cláusula. Ponto final. Mas não. Ficaram as portas abertas para quem pagar bem, com todas as subjetividades sobre o que é "pagar bem". Para completar, o representante do jogador diz assim:

— A história está só começando.

Não foi um bom dia no Olímpico, decididamente.

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