| 10/07/2009 14h10min
Foto: Márcio Luiz
Não fosse algo tão desgraçado para o Grêmio, seria até divertido. Mas, como o sonho do Brasileirão do ano passado e da Libertadores deste ano viraram pesadelo nos pés de atacantes que erram gols de todas as maneiras na cara do goleiro, é melhor tratar do assunto com a seriedade conveniente.
Se é preciso buscar um reforço já, e a direção admite a necessidade de reforçar o grupo, que seja um companheiro para Maxi López.
Por que o que se vê nos treinos é a repetição de velhos problemas. O técnico Paulo Autuori fica ali, no gramado
suplementar, alternando entre Jonas (ontem, na foto) e Perea (na quarta-feira) para enfrentar o Corinthians, melhor time do Brasil na
atualidade. E, diga-se de passagem, talvez a mais eficiente dupla de zagueiros da praça. William, que o Grêmio e o futebol gaúcho bem conhecem. Ao seu lado, Chicão. Este, além de ser bom cabeceador e de mostrar alguma desenvoltura ao sair jogando, faz gols de falta com a mesma naturalidade com que Ronaldo Fenômeno corta o marcador antes do gol.
Para o torcedor que lotou o Olímpico ou sofreu na frente da TV durante a Libertadores, deve ser duro deparar com notícias assim. Pior ainda é constatar que a outra alternativa de Autuori para domingo é Alex Mineiro, defendido no clube ao ponto de sair jogando no Mineirão em plena semifinal de Libertadores, apesar de todas as advertências acerca de seu mau momento. O gol de Alex Mineiro não veio, é claro, como era de se esperar que não viesse. Estamos em julho, no meio da temporada brasileira, a Libertadores já se foi, o Gauchão sumiu antes ainda, e uma pergunta simples segue sem resposta:
Qual é o ataque
titular?
Enquanto o velho
problema não se resolve — e não há indicativos que vá se resolver no curto prazo —, segue o triste vestibular no Grêmio. Dos atacantes que perdem muitos gols e, por conta disso, conquistaram a irritação do torcedor, qual deve ser o escolhido para o jogo seguinte?
Neste contexto, Herrera até pode ser considerado dono do posto. Mas só neste contexto.
Os dois gols marcados pelo argentino na vitória por 4 a 1 sobre o Atlético-PR nem de longe podem valer de prova do seu talento. Herrera está jogando por ser voluntarioso, guerreiro, interessado. Diante do que se viu na decepcionante tentativa com Alex Mineiro, é justo que seja assim. Mas o Grêmio precisa de mais. Precisa de um bom atacante.
Desde a eliminação para o Cruzeiro, ecoam pelo Olímpico muitas soluções para o futuro. Mas se não corrigir este velho erro, novas decepções virão.
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