| 21/06/2009 14h10min
O técnico Dunga disse que a principal diferença entre o futebol do Brasil e da Itália é a qualidade individual dos jogadores, algo que a Seleção brasileira tem de sobra para encarar a Azzura neste domingo, em Pretória, na África do Sul, pela Copa das Confederações.
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– Cada um tem sua escola, mas o mais importante é a característica dos atletas. Não adianta colocar alguém no futebol alemão e querer que jogue como um alemão. Todo mundo está aproveitando contra-ataques, velocidade, bolas paradas. Isso é básico no futebol hoje. A diferença é a característica do jogador. Isso que faz a diferença – analisou o capitão do tetra em entrevista ao Globo Esporte.
Dunga disse novamente que monta a seleção de acordo com os jogadores que tem em mãos, e garantiu
que nunca usará um atleta em uma posição que não seja a preferida dele.
É o caso de Felipe Melo, que se destacou na Fiorentina na última temporada e agora tem lugar cativo no meio-campo ao lado de Gilberto Silva. Mas o volante pensa diferente do treinador: para o ex-flamenguista, não há mais como separar as escolas de cada país.
– A maioria dos jogadores da seleção sabe jogar taticamente, e o futebol italiano é muito tático. Aprendi a jogar taticamente lá, é um futebol de muita força, muito contato. Quem está aqui está acostumado a jogar dessa maneira também – declarou.
Como jogador, Dunga passou seis anos no “calcio”, defendendo Pisa, Fiorentina e Pescara. Ele não nega que busca inspiração na tradição italiana para montar a seleção. Mas sem perder o estilo brasileiro.
- Meu time também tem características italianas, mas com futebol competitivo. Quando não temos a bola, todos defendem. Quando estamos com a bola, devemos atacar e ir para o gol.
O técnico concorda quando Felipe Melo diz que os
brasileiros passaram a ter obediência tática atuando no
exterior e que isso melhorou o jogo da seleção:
- Os jogadores aprenderam a ter responsabilidade tática e o que representam na Europa. No Brasil, quando um menino se destaca cedo, já começam a protegê-lo, a evitar treinos de marcação. Na Europa, independentemente de quanto o jogador é pago, ele tem responsabilidade tática na equipe. É cobrado. Isso ajuda na seleção e eles adquiriram um espírito de querer vencer muito grande.
Com informações do Globo Esporte.com.
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