| 10/06/2009 14h30min
Foto: Marcelo Sayao, EFE
Quando a Seleção Brasileira entrar em campo no Estádio do Arruda, hoje, o futebol brasileiro estará diante de um momento que pode ser decisivo para o seu futuro. Isto se Alexandre Pato (E) for o escolhido pelo técnico Dunga para substituir Luís Fabiano, expulso domingo diante do Uruguai. Só há um jogador neste grupo que disputará a Copa das Confederações de 14 a 28 de junho, na África do Sul, capaz de se tornar em fenômeno em 2010.
Este alguém é Alexandre Pato.
Nada contra Nilmar. Ao contrário: tudo a favor. Pelo que Robinho vem jogando, o certo
seria dar uma chance aos dois de uma só vez. A resultante de Pato e Nilmar juntos seria um ataque demolidor. Mas fiquemos, por ora, apenas
em Pato. Nas cinco Copas vencidas pela Seleção Brasileira, sempre houve um atacante sensacional que tornou-se emblema da conquista. Ou mais de um. Garrincha, em 1958 e 1962. Jairzinho e Rivellino, em 1970. Isso, é claro, sem falar em Pelé, o camisa 10 que valia por mil atacantes. Mas para efeito do raciocínio pró-Pato, deixemos tudo no ataque explícito, por assim dizer. Em 1994, Romário. Em 2002, Ronaldo Nazário.
E nesta Seleção, quem seria capaz de decidir tudo sozinho em um lance absolutamente solitário, como o bico de Ronaldo contra a Turquia em 2002?
Robinho ou Luís Fabiano? Não. Eles são bons, são ótimos até, mas não se enquadram neste perfil espetacular. Nem kaká, o homem por quem o Real Madrid pagou R$ 178 milhões, se encaixa. Pato se encaixa. Perfeitamente. Se tiver sequência, será um novo Ronaldo nos tempos de magreza.
Ambos, Pato e Ronaldo, têm virtudes em comum: velocidade, explosão
muscular, chutam de direita e esquerda com a
mesma destreza, surpreendem zagueiros com o drible curto de quem veio do futsal, são capazes de lançamentos longos e, o melhor, inventam soluções diferentes para um lance, entortando goleiros. Talvez Pato seja até melhor cabeceador, inclusive.
Então, o melhor a fazer é torcer para Dunga escolher Pato hoje.
Na Copa de 2010, pode ser que lembremos de Recife como o início da arrancada do herdeiro de Ronaldo na Seleção.
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