| 01/05/2009 11h04min
Sobrinho de Ayrton Senna, Bruno tinha apenas dez anos quando o tricampeão perdeu a vida no GP de San Marino de 1994. Hoje piloto, e bem próximo da Fórmula 1, Bruno lembrou de algumas passagens na época do acidente de Ayrton.
Onde você estava naquele 1º de maio de 1994?
Bruno: Em casa, assistindo à corrida, ao lado dos meus pais, Flávio e Viviane, e das minhas irmãs, Bianca e Paula. Na época já morávamos no apartamento em que minha família vive no Pacaembu, em São Paulo.
Você era muito novo, mas percebeu a gravidade do momento?
Bruno: Percebi que era grave, mas não imaginava que ele viria a falecer. Naqueles tempos os acidentes eram até rotineiros na F-1 e geralmente os pilotos sobreviviam.
Você tinha dez anos e a irmã mais nova, Paula, só oito. Seus pais procuraram de alguma forma preservar vocês da tragédia, desligando a TV, por exemplo?
Bruno: Eles me mandaram para a casa de um amigo, enquanto minha mãe resolvia as
coisas.
Quando você voltou para a sua casa?
Bruno: Não fiquei muito tempo fora. Voltei dois dias depois.
Você foi ao velório?
Bruno: Não. Nem no do Ayrton nem no do meu pai, que morreu dois anos depois.
A Viviane achou melhor desse jeito?
Bruno: Eu falei que não queria ir. Minhas irmãs foram.
Se vivo estivesse, o que você acha que ele estaria fazendo atualmente? Estaria envolvido com F-1 ou automobilismo ou estaria totalmente fora das pistas?
Bruno: Acredito que ele ainda estaria correndo. Não sei exatamente de quê, mas ele gostava muito da competição e da vitória. Dificilmente conseguiria viver sem isso.
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