| 01/05/2009 10h55min
Após conquistar os títulos da Fórmula Ford 1600, da Fórmula Ford 2000 e da Fórmula 3 Inglesa, Ayrton Senna chegou à Fórmula-1 pela equipe Toleman, em 1984. Logo de cara, chamou a atenção por marcar pontos na segunda e terceira corridas (África do Sul e Bélgica), mas ele seria ainda mais notado pela exibição antológica em Mônaco.
Debaixo de um temporal, Ayrton partiu em 13º no grid e começou a ganhar posições volta a volta, com ultrapassagens arrojadas sobre pilotos como Keke Rosberg, Rene Arnoux e Niki Lauda. Ao assumir o segundo lugar, Senna estava mais de meio minuto atrás do líder Alain Prost. Mas, com uma pilotagem inesquecível, Ayrton derrubou a diferença e, quando estava a menos de dez segundos do francês, o diretor de prova Jacky Ickx interrompeu a prova.
Ainda em 1984, Senna voltou a marcar presença no pódio na Inglaterra e em Portugal, ambas as provas em terceiro lugar. Antes do fim da temporada, o brasileiro assinou com a Lotus para 1985, o que lhe rendeu
até a suspensão de uma
prova (Itália), por retaliação da Toleman, insatisfeita por não ter sido avisada com antecedência.
Na sua segunda corrida pela Lotus, em Portugal, Ayrton mostrou novamente sua habilidade em pistas molhadas e venceu de forma categórica pela primeira vez na F-1. Senna ainda lideraria outras tantas provas, mas problemas de confiabilidade e acidentes o fizeram abandonar muitas provas, o que lhe rendeu as primeiras críticas. Mas, com calma, Senna reagiu e emplacou cinco pódios seguidos, incluindo a segunda vitória, na Bélgica, também sob chuva.
Em 1986, Senna chegou a liderar o campeonato até a metade, mas os carros de Williams e McLaren eram melhores e Senna voltou a ficar em quarto. Mas suas duas vitórias foram antológicas. Na Espanha, suportou a pressão de Nigel Mansell e venceu por apenas 0s014 de diferença. Nos EUA, no dia seguinte à eliminação do Brasil na Copa do Mundo para a França, Senna bateu os franceses Jacques Laffite e Prost e levou a bandeira verde-amarela
na volta da vitória, o
que se tornaria uma das suas marcas registradas.
Para 1987, a Lotus trocou os beberrões motores Renault pelos mais eficientes Honda, mas a Lotus seguiu atrás de Williams e McLaren. Senna venceu duas vezes em pistas de rua (Mônaco e Detroit) e fez um campeonato com muita regularidade, mas decidiu que era a hora de dar um passo definitivo para atingir o objetivo do título: aceitar um convite da McLaren para ser companheiro de equipe de Prost.
Menino observa carro de kart de Ayrton Senna na exposição em São Paulo em homenagem ao piloto que morreu há 15 anos
Foto:
Sebastião Moreira, Agência EFE
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