Não é apenas uma partida. É a partida. Quando o Inter-SM entrar em campo nesta noite de quarta-feira, às 20h30min, para enfrentar o Marcílio Dias pela quinta rodada da Série C do Brasileirão, estará em disputa muito mais do que apenas três pontos e a vice-liderança do Grupo 15.

Para a equipe colorada, o confronto no Estádio Hercílio Luz, em Itajaí (SC), vale a sobrevivência na competição nacional. Isso significa dizer que uma derrota representará o encerramento do "projeto Série C" do Inter-SM e, muito provavelmente, o fim do futebol na Baixada na temporada 2008.

- Na realidade, nós não planejamos nada além da Série C. Se não nos classificarmos, vamos ter de sentar e começar um novo planejamento do zero - revela o presidente do Inter-SM, Carlos Rempel.  

O técnico Paulo Porto sabe de tudo isso. E é exatamente assim que o treinador colorado está encarando a partida contra o Marcílio Dias: como se fosse uma final de campeonato. Até porque o seu time não tem muitas opções.

Para chegar à última rodada dependendo apenas de sua próprias forças, o Inter-SM precisa vencer o time catarinense por dois ou mais gols de diferença. Uma vitória simples ou mesmo um empate deixam a equipe colorada viva na Série C, mas ainda na obrigação de secar o Marcílio Dias, que no domingo enfrenta o Toledo, no Paraná. 

- Todo mundo aqui está sabendo que estamos jogando a nossa vida. Depois dessa partida, vamos ter uma situação bem-definida: a gente vai ter de sair atrás de emprego ou vamos seguir na batalha por um vaga na Série C do ano que vem - resume Paulo Porto.

Precisando de um bom resultado fora de casa, o que não faltam ao técnico do Inter-SM são problemas para escalar a equipe. O zagueiro Cleiton recebeu o terceiro cartão amarelo diante do Toledo e está fora.

O único zagueiro reserva do elenco, Sandro Blum, não está 100% fisicamente, mas, mesmo assim, viajou emergencialmente de Santa Maria a Itajaí para ficar à disposição do técnico.