| 04/11/2005 18h39min
Esclarecer os responsáveis pelos estabelecimentos comerciais sobre a qualidade da carne bovina do Paraná. Com este objetivo representantes da Secretaria da Agricultura, da Saúde, do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Paraná (Sindicarne), da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Federação do Comércio do Estado do Paraná (Fecomercio) e Procon-Pr, visitaram nesta sexta-feira em Curitiba supermercados de diferentes redes.
A iniciativa foi tomada durante reunião de caráter emergencial na sede da Secretaria da Agricultura para discutir medidas contra o uso de cartazes fixados em gôndolas de alguns supermercados da cidade que traziam mensagens prejudiciais ao consumo de carne bovina do Estado devido a um suposto risco de aftosa. No encontro realizado na quinta-feira representantes do Governo do Estado, setor produtivo e comércio também repudiaram notícias veiculadas pela imprensa que comprometem a qualidade do produto paranaense.
O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, considerou absurdo o procedimento dos responsáveis por alguns supermercados em alertar o consumidor sobre um risco que não existe. Pessuti lembrou que nos cinco Seminários Regionais “Paraná Contra a Febre Aftosa”, realizados na semana passada, em Cascavel, Umuarama, Paranavaí, Ponta Grossa e Londrina, ele reforçou o apelo para que as pessoas dêem preferência aos alimentos produzidos no Paraná.
– Primeiramente, a febre aftosa não oferece nenhum risco à saúde humana. Depois, caso confirmassem a doença no Estado, animais doentes jamais seriam abatidos para consumo. Mas, sim, seriam sacrificados – afirmou.
Ao criticar a iniciativa de alguns supermercados em denegrir a imagem da carne produzida no Paraná, o secretário da Agricultura ressaltou os prejuízos que o procedimento causa aos setores produtivo e industrial do Estado.
– Essa atitude não encontra nenhum respaldo no que se refere à sanidade – comentou.
Durante a reunião o diretor-geral da Secretaria da Agricultura, Newton Pohl Ribas, esclareceu os participantes sobre todas as medidas adotadas pela Secretaria desde o dia 10 de outubro, quando o Paraná foi comunicado sobre a existência da doença em Mato Grosso do Sul. Segundo Ribas, desde então nenhuma decisão foi tomada pela Secretaria sem a participação do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) e do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná (Fundepec-Pr).
– Nossas decisões são compartilhadas. Sempre temos a preocupação de defender os produtores, as indústrias, as cooperativas, enfim, o mercado do Paraná – disse.
O diretor-geral da Secretaria também lembrou que os produtos comercializados são inspecionados pelos sistemas de inspeção federal, estadual, municipal e pela Secretaria da Saúde.
– Acho que, ao desacreditar esses serviços de inspeção do Paraná e do País, estamos provocando uma situação perigosa – criticou.
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