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 | 02/11/2005 16h59min

Dinheiro de Cuba teria sido transportado por motorista de Palocci

Jornal diz que Éder Macedo foi admitido em 2003 e recebe R$ 1,5 mil

O motorista Éder Eustáquio Soares Macedo, apontado pela revista Veja como a pessoa que dirigiu o Omega preto em suposto transporte de dinheiro doado por Cuba para a campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, ocupa atualmente um cargo de confiança no gabinete no ministro Palocci no Rio de Janeiro. Macedo foi admitido em 2003, recebe R$ 1,5 mil por mês e só é obrigado a comparecer ao trabalho quando requisitado.

Segundo reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo, Macedo foi admitido como funcionário de confiança DAS-1 (Direção de Assessoramento Superior, nível 1), enquanto os demais motoristas terceirizados prestam serviço por intermédio de empresas contratadas em licitações públicas. A contratação foi feita por Brasília, para atender a Palocci e aos secretários do ministério durante viagens ao Rio de Janeiro.

O jornal informa que funcionários do Ministério da Fazenda estranharam a contratação do motorista para atender ao ministro em uma cidade que ele pouco freqüenta. O Ministério divulgou que desde que foi citado por Veja, Macedo desapareceu do trabalho. O chefe administrativo do gabinete, José Florêncio, afirmou que ele viajara para Brasília na última segunda, a trabalho. A versão foi contestada, segundo o jornal, pela assessoria de Paloci.

O Macedo trabalhava como motorista autônomo em São Paulo quando conheceu lideranças petistas. Prestava serviço na locadora de carros Locablin, do qual alugou dois automóveis -um Omega e um Passat - para o PT durante a campanha eleitoral de 2002.

 

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