| 26/10/2005 01h57min
SÃO LOURENÇO D'OESTE - Entidades ligadas ao setor do agronegócio, como a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e a Federação da Agricultura de SC, apóiam as medidas de proteção ao status sanitário catarinense para evitar um colapso na economia do Estado. A estimativa de perdas diárias, caso o vírus da aftosa entre no Estado, seria de US$ 4,1 milhões, somente com a suspensão das exportações de aves e suínos. Para o presidente da Ocesc, Neivor Canton, a entrada do vírus da aftosa deixaria a economia catarinense próxima do caos.
As exportações seriam trancadas, os produtores não teriam como escoar a produção, haveria demissões nos frigoríficos, empresas de transporte seriam afetadas e, em efeito cascata, toda a economia seria afetada.
Mesmo com a proximidade dos focos, Canton acredita que Santa Catarina está tomando as medidas necessárias e poderá manter suas exportações caso consiga barrar a entrada do vírus.
O
presidente da Ocesc aposta que países como a
Rússia, que responde por 64% da compra de suínos, vai continuar comprando de Santa Catarina. O vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, disse que o Estado já começa a sofrer com o bloqueio da Argentina. Ele informou que caminhões que iriam para o país vizinhos já retornaram.
A Argentina tinha comprado 14 mil toneladas de carne suína do Brasil até setembro, em torno de 3% do total. Barbieri acha que o governo está certo em fechar a divisa e que a proposta de vacinação atualmente está descartada, pois o rebanho levaria dois anos para ser imunizado.
A decisão de não vacinar foi ratificada na reunião de ontem do Conselho do Desenvolvimento Rural. Barbieri disse que é necessário melhorar a infra-estrutura das barreiras. Ele contestou a informação de que vai faltar carne no mercado catarinense nos próximos dias. Barbieri disse que o Rio Grande do Sul tem condições de atender a demanda do Estado e disse que não há motivos para uma corrida aos supermercados.
A sociedade catarinense está
sendo convocada a auxiliar no combate à aftosa, denunciando o transporte clandestino de animais ou subprodutos.
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