| 23/10/2005 09h59min
Além da interdição de 40 fazendas após a suspeita de focos de febre aftosa, o governo do Paraná suspendeu também a realização de feiras agropecuárias, rodeios e exposições em todo o Estado.
Segundo o vice-governador e secretário estadual da Agricultura, Orlando Pessuti, todas as propriedades que receberam animais vindos de Mato Grosso do Sul (MS) estão sendo rastreadas. Ontem o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, confirmou que o foco no Paraná surgiu da criação pecuária do MS. Há 90% de chance de os casos serem confirmados.
Orlando Pessuti afirmou que São Paulo tem impedido a entrada da produção do Paraná, que não tem, em princípio, riscos de contaminação.
– Eu discordo de algumas barreiras que São Paulo está colocando em relação ao Paraná, impedindo que produtos industrializados aqui ingressem naquele Estado – contou ele .
O secretário estadual disse ainda que não há amparo legal para essa decisão.
– Eles até podem exigir que os caminhões que transportam os produtos sejam desinfectados. Agora, proibir a entrada de leite condensado, pasteurizado e em pó, queijo e outros produtos industrializados, é, neste momento, retaliação.
Até amanhã a secretaria do Estado vai averiguar se há vacina suficiente no mercado.
– Caso haja, vamos verificar com o Ministério autorização para antecipar a campanha de vacinação contra a febre aftosa que, oficialmente, começa no dia 1º novembro – disse Pessuti.
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