| 14/10/2005 17h21min
O caso de aftosa surgido no Brasil na última segunda, dia 8, e que até agora já custou ao país embargos totais ou parciais de compras de carne em 32 nações, é um "fenômeno localizado" e as sanções deverão acabar em breve. A afirmação é de Marco Aurélio Garcia, assessor especial de assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
– Trata-se de um fenômeno localizado frente ao qual o governo reagiu com extraordinária rapidez – garantiu Garcia.
O assessor, que acompanha Lula na XV Cúpula Ibero-Americana na cidade espanhola de Salamanca, insinuou que o surto pode ter sido provocado "por um criador de gado que não quis gastar R$ 200 para vacinar suas cabeças de gado".
O foco surgiu em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai. Já foi comprovado que pelo menos 153 cabeças de gado foram contaminadas. Imediatamente a carne brasileira foi vetada pelos 25 membros da União Européia (UE), Rússia, Chile, Israel, Paraguai, Bolívia, África do Sul e Uruguai, países que absorvem metade da produção nacional.
O Brasil é o principal exportador mundial de carne bovina e de frango, e terceiro em suínos, e também é o maior exportador mundial de suco de laranja, café e soja. Estes produtos geram divisas superiores a US$ 20 bilhões ao ano, segundo dados oficiais.
No primeiro semestre deste ano o Brasil recebeu por vendas de carne bovina (congelada, enlatada e vísceras) US$ 1,459 bilhão, 30% a mais do que no mesmo período de 2004.
No entanto, teme-se que essa curva ascendente seja gravemente prejudicada caso o veto não seja levantado com rapidez.
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