| 12/10/2005 17h20min
O presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB), Vagner Freitas, afirmou que a grave da categoria foi a mais rápida e satisfatória dos últimos 15 anos. Os trabalhadores devem encerrar nesta quinta uma paralisação considerada vitoriosa pelos sindicatos.
– Em quatro dias, a proposta dos bancos evolui em 50% no índice de reajuste, 70% no valor do abono e 13% na parcela fixa de participação dos lucros. Nos últimos 15 anos, não conseguimos uma evolução tão rápida. Foi uma greve importante. Atrapalhou o dia-a-dia dos bancos, que tiveram sua imagem de credibilidade manchada pelas denúncias de violência praticada na manifestações – contabiliza Freitas.
O líder sindical reconhece que os bancos teriam condições de oferecer melhores índices, mas pela disposição dos patrões em negociar a greve deste ano corria o risco de ter um desenrolar semelhante ao do ano passado. Em 2004 os bancos se negaram a apresentar novas propostas e o debate sobre a paralisação acabou no Tribunal Superior do Trabalho, que autorizou o desconto de parte dos dias parados.
Na pauta inicial de reivindicações os bancários defendiam reajuste salarial de 11,77%. Até esta quarta, 22 Estados já tinham aceitado a proposta da Federação Nacional de Bancos (Fenaban) de 6% de reajuste, abono de R$ 1,7 mil e participação dos lucros de 80% do salário acrescida de R$ 800 fixos. Seguem em greve Brasília, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. No Rio de Janeiro os trabalhadores do setor privado voltam da paralisação nesta quinta, mas os funcionários da Caixa Econômica e do Banco do Brasil continuam em greve.
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