A deputada Luciana Genro (Psol-RS) anunciou há pouco em plenário que a bancada do seu partido não votará em nenhum dos candidatos que disputam a presidência da Câmara. Em discurso, a deputada disse que a Câmara perdeu a legitimidade e que o processo eleitoral está viciado.

– O governo volta com um novo mensalão, liberando emendas a parlamentares para eleger Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Não aceitamos esse jogo –  atacou.
 
A declaração foi uma referência à liberação de R$ 500 milhões para as emendas parlamentares, anunciada pelo governo na última segunda. Luciana Genro defendeu ainda uma nova eleição para a Câmara e para a Presidência da República. Segundo ela, todos se envolveram nos atos de corrupção que chocaram o país e não têm mais condições éticas e políticas de continuar dirigindo a nação. Este seria, segundo ela, o motivo pelo qual o partido defende um plebiscito buscando saber se o povo quer a continuação do atual governo.

Além de Luciana Genro, o deputado Babá (PA) também faz parte do Psol, partido fundado quando os dois parlamentares foram expulsos do PT, juntamente com a senadora Heloísa Helena (Psol-AL). Nesta semana, os deputados petistas Ivan Valente (SP), Orlando Fantazzini (SP), Chico Alencar (RJ) e João Alfredo (CE) também anunciaram a filiação no novo partido.