| 17/09/2005 14h38min
Com a promessa de delação premiada, um dos homens presos pelo assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), afirmou ontem em juízo que o ex-segurança e empresário Sérgio Gomes da Silva prometeu R$ 1 milhão pelo crime. Conforme o jornal Folha de São Paulo, o preso, cujo nome é mantido em sigilo, já havia sido interrogado pelo juiz Luiz Fernando Prestes, de Itapecerica da Serra (SP), em dezembro de 2003. À época, ele disse não ter assassinado Celso Daniel e nem o empresário.
Ontem, segundo o jornal, o suspeito mudou o depoimento, confirmando ter participado do crime, acusando diretamente Sérgio Gomes da Silva pela mando do assassinato. Antes das confissões, o investigado exigiu o benefício da delação premiada, com a qual ele adquire redução da pena imposta pela Justiça.
O preso detalhou como ocorreu do seqüestro, ocorrido em 18 de janeiro de 2002, quando o ex-prefeito jantava com Gomes da Silva. Ele disse que, minutos antes do arrebatamento, a quadrilha recebeu uma ligação do empresário, que teria avisado que ele e o prefeito estavam saindo do restaurante. Disse ainda que o empresário facilitou o seqüestro do petista.
Foi esse mesmo preso que, em dia 12 de agosto, enviou uma carta ao empresário e outra ao advogado dele, Roberto Podval, cobrando pelo suposto valor combinado pelo crime. Na carta, o preso diz que Gomes da Silva o contratou para pegar o prefeito Celso Daniel, para tirar os documentos que estavam com ele e depois para matar o prefeito.
O corpo de Daniel foi encontrado dois dias após o seqüestro em uma estrada de terra com marcas de tiros e sinais de tortura.
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