| 16/09/2005 18h
Uma pesquisa feita pela Polícia Federal no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que Severino Cavalcanti Junior, filho do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, declarou gastos de apenas R$ 32,12 à Justiça Eleitoral durante a campanha de deputado estadual por Pernambuco em 2002. O volume de gastos está bem abaixo do cheque de R$ 7,5 mil que Gabriela Kênia S. S. Martins, secretária do presidente da Câmara, sacou da conta do empresário Sebastião Augusto Buani e que teria sido usado na campanha do filho de Severino.
Segundo a Polícia Federal, a diferença entre os dois números desmonta a tese de Gabriela Kênia de que Buani teria feito uma doação eleitoral a Severino Junior. O filho de Severino morreu em agosto de 2002 num acidente automobilístico.
A PF envia até o fim da tarde desta sexta-feira ao STF o inquérito que apura as denúncias de pagamento de mensalinho com um pedido de quebra de sigilo bancário e telefônico do presidente da Câmara e
do dono do restaurante
Fiorella. Para a PF, o acesso aos dados bancários e telefônicos ajudará a certificar se as denúncias de que Buani teria pago uma mesada de aproximadamente de R$ 10 mil a Severino para renovar o contrato do restaurante é verdadeira.
Buani disse que teria pago a mesada entre 2002 e 2003, período em que Severino era primeiro-secretário da Câmara. No inquérito, a PF sustenta que existem indícios de crime praticado pelo deputado.
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