O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, avisou ao vice-presidente José Thomaz Nonô (PFL-AL) que não presidirá a sessão da tarde desta quarta-feira em que será votado o relatório que recomenda a cassação do mandato do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Nonô já informou ao presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), que vai presidir a sessão, e está reunido com líderes dos partidos preparando os trabalhos.

Sem Severino, o líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), acredita que a sessão de votação do relatório contra Jefferson será tranqüila. O líder do PSDB na Câmara, Alberto Goldman (SP), disse que Severino talvez use a estratégia de Jader Barbalho de se licenciar por quatro meses para se defender.

– Eu acho que isso é bobagem, porque ele só vai sangrar em público. Se fosse ele eu renunciaria ao mandato e à presidência hoje – afirmou o tucano.

A partir das 16h, o destino político de Roberto Jefferson começa a ser definido. Se 257 colegas desejarem, em votação secreta, o político perderá o mandato e os direitos políticos até janeiro de 2015.