| 06/09/2005 16h12min
Começou há pouco, na Corregedoria da Câmara, uma reunião fechada que analisa as denúncias do empresário Sebastião Augusto Buani contra o presidente Severino Cavalcanti. Participam do encontro o corregedor da Casa, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), e o terceiro e quarto secretários da Mesa, respectivamente deputados Eduardo Gomes (PSDB-TO) e João Caldas (PL-AL).
Antes do início da reunião, João Caldas explicou que os três parlamentares trabalharão em sistema de colegiado para evitar insinuações de que o corregedor, por ser amigo de Severino Cavalcanti, poderá favorecê-lo.
Para Caldas, o desmentido do empresário Sebastião Buani de que teria pago propina ao presidente da Câmara, feito ontem em depoimento na Diretoria Geral da Casa, é um atenuante para as denúncias. As revistas desse final de semana trazem denúncia, atribuída ao empresário, de que Severino teria recebido dinheiro para manter com Buani o contrato para exploração comercial do restaurante do 10º andar do anexo 4 da Câmara.
Indagado se o presidente da Câmara deveria deixar o cargo, como pedem alguns partidos de oposição, Caldas afirmou que Severino saberá o que fazer.
– Por sua experiência política, ele sabe até onde avançar e até onde recuar –disse.
O presidente da Câmara solicitou investigações sobre as denúncias à Polícia Federal e à Corregedoria-Geral da Casa. Em três notas oficiais, Severino Cavalcanti negou as denúncias.
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