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 | 30/08/2005 16h41min

Katrina atinge contas de empresas norte-americanas

Companhias de petróleo, seguros e aviação são as mais prejudicadas

Os estragos causados pelo furacão Katrina já começaram a afetar as contas de empresas norte-americanas, entre elas as companhias de petróleo, de seguros e aviação.

O Katrina provocou uma alteração considerável no tráfego aéreo desde ontem, quando passou pela costa da Louisiana, no sul dos Estados Unidos. Além dos vôos da região atingida pelo fenômeno que tiveram de ser cancelados, rotas de outras áreas do país também foram afetadas.

Segundo o Wall Street Journal, tiveram de ser cancelados 111 vôos da Continental Airlines e 101 da American Airlines na região de Nova Orleans. No restante do país, espera-se que 60% dos vôos chegarão na hora marcada nos próximos dias, enquanto o normal para esta época do ano é de 70% a 80%.

À medida que a tempestade avança para o norte, acredita-se que várias cidades podem ser afetadas, entre elas Louisville, Nashville, Memphis, Cincinnati, Cleveland, Detroit, Búfalo e a cidade canadense de Toronto.

Além disso, acredita-se que a tempestade pode obrigar os pilotos a tomarem rotas alternativas, mais longas do que as normais para chegarem a seu destino.

As companhias de seguro também estão no "olho do furacão" por causa das indenizações milionárias que terão de pagar pela destruição de bens materiais na região atingida pelo Katrina.

Mas os danos foram menores do que o esperado, já que o furacão mudou seu rumo levemente e perdeu força. Por isso, os especialistas acreditam que as seguradoras terão de pagar de US$ 12 a 15 bilhões.

Isso colocaria o Katrina abaixo do devastador Andrew, que atingiu as costas do sul da Flórida em 1992 e que levou as empresas a desembolsarem cerca de US$ 20 bilhões no câmbio atual. A empresa de gestão de riscos EQECAT aponta perdas de US$ 9 a 16 bilhões.

As petrolíferas também estão sentindo os efeitos do Katrina, o furacão mais potente dos últimos anos, pois tiveram de fechar suas unidades petrolíferas do golfo do México, de onde são extraídos 25% do gás e do petróleo dos EUA.

Esta medida representou uma redução de 20% na extração de gás natural e de 10% na de petróleo, equivalente a 1,4 milhão de barris ou aproximadamente 7% do consumo interno dos EUA.

Entre as empresas que evacuaram seus funcionários da região estão a Chevrontexaco, que mobilizou 2.100 trabalhadores, e o grupo Royal Dutch-Shell, que desalojou cerca de mil pessoas.

Como conseqüência do fechamento temporário de suas instalações e plataformas, a companhia petrolífera Shell reconheceu que perderá uma produção de 420 mil barris diários e de 1,345 bilhão de pés cúbicos (410 milhões de metros cúbicos) diários de gás natural.

AGÊNCIA EFE
 

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