| 26/08/2005 17h18min
O mercado de câmbio teve mais um dia de baixo volume de negócios, em meio à especulação com o cenário político e a volatilidade. O dólar alternou tendências e fechou com alta de 0,20%, a R$ 2,401 na compra e R$ 2,403 na venda. A volatilidade de agosto é forte. No acumulado da semana, o dólar caiu 1,92%. Mas desde o último dia 10, quando atingiu o piso no ano (R$ 2,28), há valorização de 5,39%.
Depois de uma quinta-feira de números bastante positivos, já era esperada uma sexta-feira mais cautelosa, devido à proximidade do fim-de-semana. E a boataria e a especulação não tardaram a chegar às mesas de negociação, tentando antecipar possíveis denúncias das revistas semanais.
– O mercado teve notícias para repercutir, como o discurso de Alan Greenspan (presidente do Federal Reserve). Mas o que mais pesou foi mesmo a boataria – disse Hideaki Iha, analista da corretora Souza Barros.
Segundo Iha, o mercado quase se acostumou ao clima de especulação. De acordo com ele, a primeira reação aos boatos é sempre bem negativa, mas a tendência é sempre o arrefecimento. Antes de fechar em alta de 0,20% nesta sexta-feira, o dólar já havia subido até 1,42%.
Para a próxima semana, ele lembra que o fechamento do mês poderá movimentar mais o mercado de câmbio. É que o vencimento do mercado futuro de câmbio tem influência sobre os negócios no mercado à vista. Com maioria de investidores "vendidos" (que apostam na baixa), é possível que a moeda recue.
O risco-país brasileiro acompanhou o cenário negativo e fechou aos 416 pontos centesimais, com alta de 5 pontos.
As projeções dos juros negociadas no mercado futuro fecharam em leve alta, seguindo a piora dos demais mercados. Nos negócios na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), todos os vencimentos do Depósito Interfinanceiro (DI) tiveram aumento de taxa, apesar da deflação de 0,04% registrada pelo IPC-Fipe.
O DI de outubro fechou com taxa de 19,60% ao ano, contra 19,59% do fechamento de quinta-feira. O DI de janeiro de 2006 teve a taxa elevada de 18,64% para 18,65%. Já a taxa do vencimento de janeiro de 2007, o mais negociado, subiu de 18,04% para 18,11% anuais.
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